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O Fórum Diálogos do Mediterrâneo, criado pela Itália em 2015, voltou a ser realizado esta semana em Roma, apesar do aumento das restrições na Europa, em consequência da variante ômicron do novo coronavírus. O evento, que se propõe a tratar de uma “agenda positiva” numa região estratégica para a Europa: o Mediterrâneo expandido.
Além de embaixadores e ministros europeus, estiveram presentes chefes da diplomacia de vários países do Oriente Médio e do Norte da África. Também marcaram presença representantes das principais organizações internacionais, bem como acadêmicos e empresários de várias partes do mundo.
A sétima edição do evento foi promovida pelo Ministério das Relações Exteriores e Cooperação Internacional da Itália e pelo Instituto de Estudos Políticos Internacionais (ISPI). Representantes de alguns países participaram remotamente. O ministro de Israel, por exemplo, desistiu de comparecer pessoalmente após seu país decretar novo fechamento de fronteiras.
A abertura oficial dos Diálogos do Mediterrâneo ocorreu nesta sexta-feira (3), com participação de Mario Draghi, Primeiro-ministro da Itália, e de Luigi di Maio, Ministro dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação Internacional.
O evento continuará ao longo do dia de hoje, tratando de várias pautas atuais, com destaque para os desafios de segurança, políticas inovadoras para gerenciar os fluxos de migração, o destino das gerações mais jovens após a pandemia, ações estratégicas para acelerar a transição para uma economia verde e sustentável, a emergência climática e a retomada do processo de paz no Oriente Médio.
Os organizadores propuseram um amplo debate sobre como aprimorar a segurança em uma área complexa. “A Segundo Giuseppe Dentes, chefe do escritório do Oriente Médio e Norte da África do Centro de Estudos Internacionais (CESI), destacou que “a ausência de alguns países têm muito peso”. A principal é da Tunísia, país africano mais próximo da Itália e que é a origem de muitas travessias ilegais de migrantes para o continente europeu.
Como nas últimas edições, as ausências mais sentidas foram de representantes dos Estados Unidos e da Rússia. Mesmo assim, o Fórum contou com vários ministros das Relações Exteriores, como Ayman Safadi, da Jordânia; Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, do Qatar; Ahmed Awad bin Mubarak, do Iêmen. Riyad Al-Maliki, da Palestina. Evariste Bartolo, de Malta; Abdullah Bou Habib, do Líbano. Alpha Barry, de Burkina Faso. Augusto Santos Silva, de Portugal. Anze Lugar, da Eslovênia; Jordan Grelic-Radman, da Croácia.
Outras participações importantes foram de Josep Borrell, Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança; Qu Dongyu, Secretário-Geral da ONU para a Alimentação e Agricultura; Ahmed Aboul Gheit, Secretário-Geral da Liga dos Estados Árabes. Antonio Vitorino, Diretor-Geral da Organização Internacional para as Migrações; Rafael Grossi, Diretor Geral da Agência Internacional de Energia Atômica; Nassar Kamel, Secretário-Geral da União para o Mediterrâneo; Mircea Jiwana, Secretário-Geral Adjunto da OTAN. Sven Koepmans, Representante Especial para o Processo de Paz do Oriente Médio na União Europeia; Zhan Jun, enviado especial da China ao Oriente Médio e Muhammad Sanusi Barkindo, Secretário-Geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo.