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O Embaixador do Irã no Brasil, Hossein Gharibi, realizou um almoço em sua residência oficial, na capital federal nesta terça-feira (21) para celebrar a chegada do Ano Novo.
Na recepção à imprensa, o diplomata explicou que era uma oportunidade para troca de impressões e opiniões sobre os últimos acontecimentos e as perspectivas para 2022.
Em seu discurso, Gharibi abordou a necessidade de serem levantadas as sanções contra seu país, pedindo garantias para continuar as negociações do acordo nuclear. O Brasil passará a integrar o Conselho de Segurança das Nações Unidas no ano que vem e esse é um tema de extremo interesse. O representante do governo iraniano deixou claro que eles têm sido mais flexível possível.
Balanço do ano
Ao longo desta ano a embaixada da República Islâmica do Irã estabeleceu alguns marcos importantes, como a aproximação com o Congresso Nacional. Durante encontro com o deputado federal Aécio Neves, presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, Gharibi ouviu sobre o interesse de uma visita parlamentar ao Irã logo que as condições sanitárias permitirem
Outra ação de destaque foi a mostra “Arte Urbana no Irã”, no Museu de Arte de Brasília (MAB). Foram exibidos registros que a fotógrafa paulistana Maristela Acquaviva fez em espaços públicos da capital Teerã. Na mesma ocasião, o fotógrafo iraniano Maziar Kabiri, apresentou as fotografias da arte de rua na cidade de São Paulo, publicadas no livro “Street Art”.
No campo dos negócios, em novembro foi dado um grande passo com a abertura do escritório da Câmara de Comércio Brasil-Irã em São Paulo.
As relações entre estas duas nações datam de 1903, tendo se intensificado a partir de 1957, quando foi assinado um acordo cultural. Houve um grande fortalecimento com a abertura, em 7 de junho de 1960, da primeira representação diplomática em Brasília, a Chancelaria iraniana, que retratou a confiança do governo do Irã no projeto desenvolvimentista de Kubitscheck. Atualmente, o comércio bilateral está na casa dos US$ 5 bilhões, mas a pretensão de Teerã é dobrá-lo, chegando aos US$ 10 bilhões.