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A mostra “Arte Urbana no Irã” foi aberta ontem, 21, no Museu de Arte de Brasília (MAB). São 28 registros que a fotógrafa paulistana Maristela Acquaviva fez em espaços públicos da capital Teerã em 2018, em uma estada de dez dias a convite da embaixada do Brasil naquele país, em cooperação com o governo local. A exposição foi montada no primeiro pavimento do MAB e pode ser visitada diariamente, exceto às terças-feiras.
A exposição apresenta também imagens feitas pelo fotógrafo iraniano Maziar Kabiri, destacando a arte de rua na cidade de São Paulo, sobretudo o grafite. Essas fotos estão no livro “Street Art”. Diplomatas, representantes do MAB e convidados participaram da inauguração.
Ao abrir a mostra, o embaixador do Irã no Brasil, Houssein Gharibi, disse que seu país tem uma história que remonta há 7 mil anos. “O primeiro reino unido da Pérsia, formado há mais de 2500 anos, promoveu um sistema de governança único que não só enriqueceu a civilização persa, mas também contribuiu para a comunidade da humanidade”, explicou.
Tradição
O diplomata comentou que o Irã tem se mantido como um centro de cultura, literatura, arte e tradições sociais. Comentou que quem tiver a oportunidade de caminhar pelas áreas históricas de Isfahan, Shiraz, Tabriz, Hamedan ou até a cidade portuária de Bushehr, pode respirar o que muitos chamaram de “o berço das civilizações – onde a coexistência de pessoas de diferentes culturas, religiões, línguas e etnias é notável”.
Na opinião do embaixador, ver a mostra “Arte Urbana no Irã” é uma oportunidade de começar o retorno à vida social. “E o tipo de arte que toca a vida cotidiana nas cidades, especialmente nas grandes cidades metropolitanas”. Algumas fotos exibem a arte de rua que estão consistentemente expostas aos 15 milhões de habitantes de Teerã, a capital do Irã.
Houssein Gharibi explicou que a fotógrafa Maristela Acquaviva e seus assistentes reuniram as fotos uma grande coleção, posteriormente publicada em um livro intitulado “Arte de Rua: São Paulo e Teerã. Esta valiosa coleção foi finalizada através dos grandes esforços do ex-embaixador do Brasil no Irã, meu amigo Rodrigo Azeredo Santos”.
Passado rico
O embaixador Houssein Gharibi disse que os iranianos não podem se desligar de seu passado, “seja por meio de poemas que fazem parte de sua comunicação diária ou da arte visual que se tornou parte de sua arquitetura”. A seu ver, esta exposição é um pequeno passo para retomar nossas trocas culturais. “A arte é a linguagem global que nos conecta. Todas as nações, antigas ou novas, do norte ou sul, leste ou oeste do mundo, têm tesouros que podem ser bem utilizados e promovidos em um esforço para enriquecer nossas vidas hoje”.
Ao final, o diplomata lembrou que 21 de setembro é o Dia Internacional da Paz e que aprecia muito esta coincidência. “A paz esteja com todos vocês e com nossa comunidade global que necessita urgentemente de uma paz permanente e generalizada”
Na oportunidade, o secretário de Cultura do Distrito Federal, Bartolomeu Rodrigues, disse que os espaços públicos de Brasília estão sendo ocupados pela arte urbana para que a cidade se torne em breve a Capital, por exemplo, do grafite brasileiro. “Estou admirado como está desenvolvida a arte urbana no Irã”, disse, lembrando também que a herança oriental sobre o Brasil é forte.
Esta já é a segunda iniciativa de cooperação cultural entre Irã e a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF. Em 2019, o grupo musical iraniano Navaye Mehr Band esteve no Centro Cultural Três Poderes e no Complexo Cultural Samambaia.
SERVIÇO:
Exposição de fotografias “Arte Urbana no Irã”
Galeria do primeiro pavimento do Museu de Arte de Brasília (MAB), SHTN, trecho 01, projeto Orla polo 03, Lote 05, Brasília – DF
Pode ser vista, diariamente, das 9h às 21h, à exceção das terças-feiras
Entrada gratuita