|
Getting your Trinity Audio player ready...
|
O governo australiano listou oficialmente o icônico coala como uma espécie ameaçada de extinção.
Sussan Ley, ministra do Meio Ambiente, anunciou na sexta-feira que o governo aceitou a recomendação do Comitê de Espécies Ameaçadas de que o status das populações de coalas no território da capital australiana, Nova Gales do Sul e Queensland seja classificado como ameaçado.
Isso ocorre 10 anos depois que os coalas foram listados pela primeira vez como vulneráveis devido ao desmatamento e incêndios florestais que reduziram significativamente o habitat dos marsupiais.
“Hoje estou aumentando a proteção dos coalas em NSW, ACT e Queensland, listando-os como ameaçados de extinção, em vez de sua designação anterior de vulnerável”, disse Ley em comunicado.
“O impacto da seca prolongada, seguida dos incêndios florestais do verão, e os impactos cumulativos de doenças, urbanização e perda de habitat nos últimos vinte anos levaram ao conselho”, segundo o comunicado.
“A nova lista destaca os desafios que a espécie enfrenta e garante que todas as avaliações sob a lei sejam consideradas não apenas em termos de seus impactos locais, mas em relação à população de coalas em geral”, acrescentou.
O anúncio foi feito semanas depois que o governo comprometeu 50 milhões de dólares australianos (35,7 milhões de dólares americanos) em financiamento para ajudar a espécie.
Grupos ambientais fazem campanha para que os coalas sejam listados como ameaçados de extinção desde os incêndios florestais do verão de 2019 e 2020, quando 60.000 coalas foram mortos ou afetados.
A Humane Society International (HSI), o Fundo Internacional para o Bem-Estar Animal (IFAW) e o WWF-Austrália nomearam a espécie para uma listagem em perigo.
“O coala passou de não listado para agora ser declarado ameaçado de extinção na costa leste australiana em uma década”, disse Dermot O’Gorman, executivo-chefe do WWF-Austrália, ao Guardian Australia.
“Esse é um declínio surpreendentemente rápido para um dos animais mais emblemáticos do mundo”, disse ele. “Ainda há tempo para salvar esta espécie icônica globalmente se a listagem servir como um ponto de virada na conservação desses animais. Precisamos de leis mais fortes e incentivos aos proprietários de terras para proteger habitats naturais”.
