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O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, pediu nesta quinta-feira que os países do Grupo dos Vinte (G20) ajam como uma força para a paz e a estabilidade mundiais.
Wang, também membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China, fez as declarações em seu discurso na Reunião de Ministros das Relações Exteriores do G20 realizada em Joanesburgo, a maior cidade e centro econômico da África do Sul.
Uma vez que os ministros das Relações Exteriores do G20 se reúnem nesta ocasião, é necessário revisitar o consenso alcançado na cúpula do Rio de Janeiro, trabalhar juntos como uma força para a paz e a estabilidade mundiais e construir um mundo mais seguro, disse ele, observando que a China está pronta para trabalhar com todas as partes para esse fim.
“Primeiro, devemos trabalhar juntos como guardiões da paz mundial”, assinalou Wang. Todos os países devem respeitar a soberania e a integridade territorial uns dos outros, bem como sua escolha independente de caminho de desenvolvimento e sistema social, destacou ele.
“Devemos resolver as diferenças entre os países pacificamente por meio de diálogo e negociação e resolver as questões críticas internacionais e regionais de forma política, sem recorrer a confrontos de blocos nem interferir nos assuntos internos de outros países”, ressaltou ele, acrescentando que os Cinco Princípios de Coexistência Pacífica promulgados pela China e por outros países do Sul Global, há 70 anos, ainda têm enorme vitalidade nas circunstâncias atuais.
“Segundo, devemos trabalhar juntos como criadores da segurança universal”, disse Wang. A humanidade é uma comunidade com um futuro compartilhado e uma comunidade de segurança indivisível. A segurança de um país não deve ser conseguida à custa da segurança de outros e as preocupações legítimas de segurança de todos os países devem ser levadas a sério, enfatizou.
“Terceiro, devemos trabalhar juntos como defensores do multilateralismo”, afirmou Wang. Ele observou que este ano marca o 80º aniversário da fundação das Nações Unidas e da vitória da Guerra Mundial Antifascista. Quanto mais complexa for a situação internacional e mais proeminentes forem os desafios globais, mais importante é defender a autoridade da ONU e fazer com que a ONU desempenhasse plenamente seu papel, acrescentou.
Ao falar sobre a crise na Ucrânia, o chanceler chinês disse que a janela para a paz está aberta, reiterando que a China sempre defende uma resolução rápida e pacífica da crise e continuará a desempenhar um papel construtivo em sua solução política.
Quanto ao conflito de Gaza, Wang pediu por uma implementação contínua e efetiva do acordo de cessar-fogo e salientou que a solução de dois Estados é a única solução viável.
Em conclusão, Wang destacou que este ano é o “momento africano” do G20, já que a cúpula do G20 será realizada no continente africano pela primeira vez desde que a União Africana se tornou membro pleno.
Devemos ouvir a voz da África, levar em conta suas preocupações, apoiar suas ações e nos esforçarmos para a paz e o desenvolvimento no continente, segundo Wang.
A China apoia firmemente o povo africano na resolução independente das questões africanas e se opõe à interferência externa nos assuntos internos dos países africanos, acrescentou.
