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O Itamaraty emitiu uma nota oficial na noite desta sexta-feira (18), parabenizando o primeiro aniversário dos “Acordos de Abraão”, que normalizou as relações diplomáticas entre Israel e Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Marrocos e Sudão.
A nota da chancelaria brasileira diz que os documentos assinados como parte da iniciativa de paz proposta pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump, “inauguraram nova etapa na construção de uma situação abrangente de paz no Oriente Médio”.
“Os Acordos de Abraão representaram valiosa mudança no Oriente Médio ao expandir o número de países que optaram pelo diálogo e entendimento no relacionamento com Israel. Trata-se de aposta na prosperidade e na segurança da região. Os acordos produzem esperança de que as diferenças entre os países sejam tratadas pela diplomacia e pela negociação, reduzindo a instabilidade e promovendo a comunicação entre nacionais de diferentes países, transformando o cotidiano dos povos e melhorando a realidade política”, diz o texto divulgado pelo Itamaraty.
Elencando algumas mudanças na região, como “ a dinamização dos fluxos de comércio e investimentos, a criação de rotas aéreas e a abertura recíproca de embaixadas”, a posição do Brasil é que eles podem “criar ambiente propício para diálogo que conduza à solução de dois Estados”, numa referência a Israel e Palestina.
Estados Unidos apela para que outros países árabes reconheçam Israel
Em 15 de setembro de 2020, os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein tornaram-se os primeiros países do Golfo Pérsico a normalizares as relações com Israel, passando a reconhecê-lo como uma nação.
Na noite desta sexta-feira, Antony Blinken, chefe da diplomacia norte-americana, fez um apelo para que outros países reconheçam o Estado judeu.
“Encorajamos mais países a seguirem a via dos Emirados, do Bahrein e de Marrocos”, disse Antony Blinken, os seus homólogos destes três países durante uma reunião por videoconferência. “Queremos alargar o círculo da diplomacia pacífica. É do interesse dos países da região e do mundo que Israel seja tratado como todos os outros países”, ressaltou.
Contudo, ainda há muita resistência, pois os palestinos classificaram os acordos como uma traição ao “consenso árabe”. Eles são apoiados nesse sentido por várias nações árabes que colocam como prioridade a resolução do conflito israelo-palestino.