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Desde o ataque do Hamas em 7 de outubro, a posição da Turquia em relação a Israel vem se tornado cada vez mais delicada. O presidente turco, Recep Tayip Erdogan apoia os palestinos, como tem feito há anos em fóruns internacionais, e fez comentários diretos sobre o primeiro-ministro israelense, chegando ao ponto de comparar Benjamin Netanyahu a Hitler.
Mas sua retórica anda cada vez mais em desacordo com os fatos e a continuidade do comércio entre a Turquia e Israel tem sido objeto de muitas críticas nos últimos meses.
Ajuda humanitária a Gaza é interrompida
O pequeno partido Yeniden Refah, aliado da coalizão governamental, conseguiu conquistar uma parte do eleitorado islamoconservador ao adotar uma posição radical sobre a questão israelense-palestina.
Essa manobra enfraqueceu o partido presidencial AKP nas últimas eleições municipais e permitiu que o CHP, o principal partido de oposição, saísse vitorioso.
O Ministério do Comércio da Turquia disse que a medida seria aplicada “até que o governo israelense permita um fluxo ininterrupto de ajuda humanitária para Gaza”.
Na quarta-feira, 1º de maio, o chefe da diplomacia, Hakan Fidan, também anunciou que a Turquia se juntaria à abordagem da África do Sul na Corte Internacional de Justiça para denunciar o “genocídio” em Gaza.