Getting your Trinity Audio player ready...
|
Na esteira do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, a UNESCO e o Congresso Judaico Mundial (World Jewish Congress – WJC) lançaram no final de janeiro uma parceria com a plataforma de vídeos TikTok para combater a distorção e o negacionismo do Holocausto.
Os usuários que pesquisarem termos relacionados ao Holocausto serão redirecionados para informações verificadas. A circulação de informações falsas sobre o Holocausto é um problema cada vez maior no mundo online, e nem todas as plataformas estão tomando medidas efetivas para conter essa tendência prejudicial.
Em agosto do ano passado, o Centre for Countering Digital Hate disse que 84% do conteúdo antissemita denunciado às empresas de mídia social foi autorizado a permanecer em suas plataformas. De acordo com dados da ONU e da UNESCO, 17% do conteúdo relacionado ao Holocausto no TikTok era de negação ou continha distorções sobre o Holocausto. Diante desse problema, a plataforma decidiu agir, valendo-se da experiência da UNESCO e do WJC.
Agora, os usuários do TikTok que pesquisarem termos e expressões relacionados ao Holocausto, como “vítimas do Holocausto” ou “sobrevivente do Holocausto”, encontrarão um banner no topo de seus resultados de busca que os convida a visitar o site www.aboutholocaust.org, desenvolvido pelo WJC e pela UNESCO. Os usuários que pesquisarem termos relacionados ao Holocausto que violam as Diretrizes da Comunidade do TikTok serão informados que os resultados dessa busca foram proibidos e verão o mesmo banner que os convida a visitar o site educacional do WJC e da UNESCO. A pagina de internet apresenta os fatos do Holocausto em 19 línguas, instruindo os leitores sobre as raízes históricas do genocídio e informações sobre seus idealizadores.
A desinformação sobre o Holocausto e as teorias da conspiração antissemitas aumentaram de maneira drástica nas plataformas de mídia social desde o surto da COVID-19. A ignorância generalizada e cada vez maior sobre a história do Holocausto alimenta o problema.
Um estudo de 2020 revelou que 41% dos jovens adultos norte-americanos acreditam que foram mortos 2 milhões ou menos de judeus, não 6 milhões. Na França, 69% dos entrevistados pertencentes à geração millenial e à geração Z não sabiam o número correto; na Áustria, essa proporção foi de 58% dos entrevistados da mesma faixa etária.Há um ano, a UNESCO e o WJC assinaram uma parceria semelhante com o Facebook. Desde então, o site About Holocaust (Sobre o Holocausto) foi acessado quase 400 mil vezes em mais de 100 países.