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Na viagem que realizou a Taiwan, atendendo um convite do governo global, a CEO do Diplomacia Business, Elna Souza esteve no Instituto de Pesquisa em Defesa e Segurança Nacional, na capital Taipé.
Durante a coletiva, que reuniu mais de 30 profissionais da imprensa mundial, ouviram as manifestações de. Charles CJ Wang, pesquisador Assistente da Divisão de Segurança Cibernética e Simulação; Tsung-Han Wu, Pesquisador Assistente da Divisão de Segurança Cibernética e Simulação; Tzu-Liu, Pesquisador Associado da Divisão de Estratégia e Recursos de Defesa; e Ling-Tuan Linda Liu, Analista de Políticas, Divisão de Estratégia e Recursos de Defesa.
O tópico principal da conversa com a imprensa foi a possibilidade de conflito de Taiwan com a China e o eventual apoio dos Estados Unidos em caso de uma invasão chinesa.
Abaixo, as principais perguntas da coletiva:
Quanto tempo Taiwan tem para se defender no caso de uma invasão chinesa antes de chegar ajuda dos Estados Unidos?
Resposta do Dr. Tsung-Han Wu: “O cálculo do tempo para isso depende de muitos fatores. Não tenho uma resposta exata a sua pergunta, mas acredito que pode ser um tempo relativamente longo. Por exemplo, precisamos aumentar nossa capacidade, nos aprimorar para caso esse tipo de situação ocorra, aumentar nossa capacidade de defesa. Precisaremos também de apoio dos nossos aliados, como os EUA e alguns países ocidentais”.
Qual o orçamento de Taiwan para o setor da defesa?
Resposta do Dr. Tzu-Liu: “Precisamos aumentar muito ainda nosso orçamento para o setor da defesa, com certeza e esse aumento depende também do nível das ameaças que podemos receber”.
Fale sobre o treinamento militar de civis, conflitos e apoio de outros países.
Resposta do Dr. Tsung-Han Wu: “A questão do conflito entre a Rússia e a Ucrânia serviu como um despertar para nós. Estamos realizando esse tipo de treinamento, onde só se pode ter acesso às armas quando estiverem em treinamento, sendo proibido usá-las fora do local certo para isso. Esse tipo de coisa aqui é muito importante, é importante para nós esse treinamento militar. Somos uma ilha. Em caso de algum ataque é inviável para nosso povo se deslocar”.
O que aprendemos com essa guerra é que o apoio, a ajuda, o suporte têm de vir antes da guerra, não quando esta já está acontecendo. Minha opinião pessoal é que se os Estados Unidos pretendem ajudar nosso país, têm de fazer isso agora, não depois de um ataque da China. Esse é um tópico muito sensível.
Onde está a maior vulnerabilidade do país no âmbito da energia?
Resposta de Ling-Tuan Linda Liu: “Cerca de 99% de nossa energia vem de fora, então acredito que o maior risco para nós seja, definitivamente, os apagões, bloqueios e falta de combustível. O governo está trabalhando arduamente para melhorar nosso sistema energético, assim como está engajado em explorar possibilidade de fontes alternativas de energia. Precisamos de um setor energético descentralizado e também necessitamos ampliar nossa fonte de energia, deixar de depender da Rússia e começar a contar mais com outros países”.
Que tipo de assistência Taiwan espera dos Estados Unidos e dos países aliados que possuem relações diplomáticas com Taiwan?
Resposta do Dr. Tsung-Han Wu: “Para proteger Taiwan, não podemos depender apenas dos Estados Unidos. Dependemos também de outras nações amigas. No caso de Taiwan, precisamos de muitos amigos, como Japão, Coreia do Sul, Filipinas e Vietnã. Nos estamos em uma situação diplomática muito problemática, onde precisamos de muito apoio. Espero que os EUA possam ampliar o leque de apoio, criando uma rede de apoio junto de outros países no âmbito, não só das relações diplomáticas propriamente ditas, mas também na esfera da defesa”.