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A CEO do Diplomacia Business, Elna Souza, viajou a Taipé a convite do governo de Taiwan. No dia 18 de novembro, participou de um almoço oferecido pelo vice-ministro de Relações Exteriores, Tien Chung-kwang. Na ocasião, foram abordados temas como à colaboração em pesquisa entre Taiwan e Brasil, projetos de taiwaneses no setor de energia renovável e medidas para mitigar as mudanças climáticas.
Durante a entrevista coletiva, ele foi questionado sobre a posição do seu país no cenário mundial. Respondeu que “estamos todos enfrentando a era pós-pandemia. Não sabemos o que virá futuramente. A covid, apesar de tudo, uniu um pouco do mundo. Doamos máscaras para alguns países e assim criamos uma força do bem. Criamos um ciclo. Também recebemos doações de outros países. Esse tipo de espírito deve continuar”, destacou o vice-ministro.
Ao falar sobre o atual cenário global, lembrou que Taiwan “foi o primeiro país a ajudar a Ucrânia doando itens básicos. Claro que temos também o problema das mudanças climáticas que nos mostra o quão frágil é o mundo em que vivemos”.
Aprofundando as questões de segurança, Tien Chung-kwang ressaltou que Taiwan “com certeza tem alguns problemas a mais do que outros países, principalmente ao enfrentar vizinhos muito hostis e outras crises. Mas com nossa resiliência, determinação e ajuda dos países aliados, acedito que podemos ficar juntos e fortes”.
Ao falar sobre esses aliados, disse que “Na América Latina temos sete países aliados, com os quais possuímos relações diplomáticas fortes e um contato muito próximo. Inclusive, damos muitas oportunidades para jovens latino-americanos estudarem em Taiwan”. E complementou: “muitos consideram a América Latina um quintal dos Estados Unidos, e a China tentou usar todos os meios de se infiltrar nesses “quintais” oferecendo todo tipo de vantagem, como empréstimos que no começo parece uma coisa muito boa, no entanto, começa ser um problema futuramente, quando essas nações não têm como devolver o dinheiro emprestado pela China”.
O vice-ministro reforça que Taiwan age diferente, embora “muitos países sejam influenciados pela China, cortando relações com o nosso país, que acredita em democracia e direitos humanos”.