O principal índice internacional de inovação, o o Índice Global de Inovação (IGI), publicado nesta segunda-feira (20), mostra o Brasil na 57ª posição entre 132 países. O país subiu cinco colocações em relação à edição anterior. Mesmo assim, ainda está dez posições abaixo da obtida em 2011, quando atingiu o 47º lugar, sua melhor marca desde que a criação do índice, em 2007. O levantamento anual é feito pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI – WIPO, na sigla em inglês).
Nas primeiras posições estão a Suíça, seguida pela Suécia, Estados Unidos, Reino Unido e Coreia do Sul. No Brasil, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) ajuda na produção e divulgação dos dados.
A CNI acredita que a colocação brasileira é incompatível com o fato de o país ser a 12ª maior economia do planeta, em 2020, e com a realidade de ter um setor empresarial sofisticado. Para o presidente da entidade, Robson Andrade, os investimentos em ciência, tecnologia e inovação são fundamentais para a competitividade do país no cenário internacional.
“Uma estratégia nacional ambiciosa, que priorize o desenvolvimento científico, tecnológico e a inovação para o fortalecimento da indústria, tornará a economia mais dinâmica, promovendo maior equidade e bem-estar social”, afirmou.
O IGI é um dos principais instrumentos de referência para dirigentes empresariais, formuladores de políticas públicas e aos que buscam conhecimentos sobre a inovação no mundo. As diferentes métricas do ranking podem ser usadas para monitorar o desempenho de um país, comparando-o com economias da mesma região ou mesmo grupo de renda.
Na avaliação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, o Brasil ainda tem muito a avançar no ranking, tendo em vista o tamanho e potencial da economia do país. Para alcançar esse objetivo, o governo federal lançou, no final de 2020, a Política Nacional de Inovação.
Um dos pilares do desenvolvimento da política foi analisar o Índice Global e identificar os pontos em que o país apresenta suas maiores deficiências. O objetivo da política é, em 10 anos, colocar o país entre as 20 primeiras posições do ranking. “Apesar de muito bem posicionado nos índices de produção acadêmica, o Brasil vem apresentando baixo crescimento desde a década de 80 como reflexo da falta de inovação”, avalia Paulo Alvim, secretário de Empreendedorismo e Inovação do MCTI – Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.
Durante o processo de formulação da Estratégia Nacional de Inovação foram identificadas mais de 250 ações já em andamento ou preparação que buscam responder aos desafios de política pública da inovação no país.
Os países mais inovadores:
1º – Suíça
2º – Suécia
3º – Estados Unidos
4º – Reino Unido
5º – Coreia do Sul
6º – Holanda
7º – Finlândia
8º – Cingapura
9º – Dinamarca
10º – Alemanha
Países dos BRICS
12º – China
45º – Rússia
46º – Índia
57º – Brasil
61º – África do Sul
* Com informações de Agência Brasil
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