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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deu um sinal claro das mudanças que pretende implementar na política externa do seu país desde seus primeiros dias como líder da nação.
Esta semana ele confirmou que fará uma “Cúpula pela democracia”, agendado para os dias 9 e 10 de dezembro. O evento virtual é o primeira de dois sobre o tema a serem realizadas por Biden, tendo o objetivo declarado de alcançar a “renovação democrática” por meio da defesa contra o autoritarismo, do combate à corrupção e do respeito aos direitos humanos. A segunda cúpula será daqui um ano, mas espera-se que presencial, quando os líderes poderão mostrar progressos feitos no tocante ao tema.
A lista de chefes de governo e de Estado inclui 110 nações, mas a iniciativa desagradou Rússia e China. Além de não serem convidados, os países se manifestaram contrários à sua realização. A reclamação de Pequim é por conta da participação de Taiwan, que oficialmente faz parte do território chinês, sendo considerada uma das províncias do país.
O porta-voz da presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen. assegurou que, “Através dessa cúpula, Taiwan poderá compartilhar sua história de sucesso democrático”.
Por sua vez, o Kremlin acusou os Estados Unidos de tentarem “traçar novas linhas divisórias entre os países”. Seu porta-voz, Dmitri Peskov, acusou os norte-americanos de tentarem “privatizar a palavra ‘democracia'”,
A lista divulgada pelo Departamento de Estado dos EUA também deixou de fora a Turquia, aliada de Washington na Otan, e a Hungria. Dentre as nações da América Latina, não farão parte do encontro Cuba, Nicarágua, Venezuela e Bolívia. O presidente Jair Bolsonaro já confirmou sua presença.
Os analistas lembra que Biden tem baseado sua política externa na oposição entre democracias e “autocracias”. Dentre os 54 países da África, estão entre os convidados apenas República Democrática do Congo, Quênia, África do Sul, Nigéria e Níger.
Chama a atenção que aliados árabes tradicionais dos EUA, como Egito, Arábia Saudita, Jordânia, Catar ou Emirados Árabes Unidos, não figuram entre os convidados até o momento. Do Oriente Médio, apenas Israel e Iraque participarão.
* Com informações das agências.