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“Embaixador Terence, há 20 anos que a Guiné-Bissau não tinha um embaixador da França como este homem. Mas, compreendo, talvez é porque a esposa dele é africana, ela é do Ruanda”, começou por dizer o Presidente guineense ao atribuir a condecoração ao diplomata francês.
“Há 20 e tal anos que a França não fazia o que está a fazer na Guiné-Bissau. Hoje recebemos muitos diplomatas jovens porque temos já aqui uma escola para os diplomatas (construída com o apoio da França). Desde que eu sou Presidente da República que a França nos tem dado apoio orçamental. O Presidente francês veio aqui. No concerto das Nações, a França dá-nos apoio. Estive recentemente nos Emirados Árabes Unidos. O Presidente francês é que me introduziu lá, na Arábia Saudita e noutras partes do mundo”, declarou ainda o chefe de Estado.
“Embaixador Terence, volvidos 20 anos e enquanto Umaro Sissoco Embalo é Presidente, merece o nosso reconhecimento. Não é por ser embaixador da França, há outros embaixadores da França que terminaram missão, mas não foram condecorados”, rematou o Presidente guineense.
Nomeado embaixador extraordinário e plenipotenciário da França em Bissau em 2020, Terence Mils exerceu anteriormente o cargo de embaixador do seu país na Libéria de 2017 a 2020, tendo sido número dois das embaixadas de França na Nigéria, Tanzânia, Gana, Moçambique e Burundi no passado.
O período em que Terence Mills foi embaixador de França na Guiné-Bissau coincidiu com um incremento das relações entre Paris e Bissau.
Em Outubro de 2021 e em Janeiro de 2023, Umaro Sissoco Embaló efectuou visitas a França a convite do seu homólogo Emmanuel Macron. Em Julho de 2022, o Presidente deslocou-se deurante algumas horas a Bissau no âmbito de uma digressão que o conduziu aos Camarões e ao Benim.
Estas visitas tiveram como tónica a situação na região do Sahel e na África Ocidental, a Guiné-Bissau tendo assegurado a presidência rotativa da CEDEAO entre Julho de 2022 e Fevereiro de 2024.
As relações bilaterais e o apoio orçamental estiveram igualmente na ementa dos contactos entre os dois Presidentes. Em 2022, nomeadamente, Paris disponibilizou 5 milhões de Euros à Guiné-Bissau destinados essencialmente aos sectores da saúde e educação.