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A legenda de Meloni foi a mais votada nas eleições nacionais de 2022, com 26%, e as pesquisas apontam que deve obter um resultado similar nas eleições europeias de junho.
Com Meloni no topo da lista, o partido pode aproveitar a popularidade da premiê, embora as regras da União Europeia estabeleçam que um candidato vencedor que já ocupa um cargo ministerial deve renunciar imediatamente ao Parlamento do bloco.
“Queremos fazer na Europa exatamente o que fizemos na Itália em 25 de setembro de 2022, criar uma maioria que reúna as forças de centro-direita e, finalmente, enviar a esquerda para a oposição também na Europa”, afirmou Meloni em um comício de seu partido, em Pescara, no centro da Itália.
Em um discurso inflamado no qual abordou vários temas, da barriga de aluguel até o Ramadã, Meloni destacou as conquistas da sua coalizão de governo em 18 meses, citando a luta contra a imigração irregular e a proteção das famílias e dos valores cristãos. Depois de uma hora no palanque, Meloni anunciou a intenção de concorrer nas eleições europeias.
“Eu o faço porque, além de ser presidente do Irmãos da Itália, também sou uma líder dos conservadores europeus que querem ter um papel decisivo na mudança de rumo da política europeia”, afirmou.
Peso político
Para o historiador e especialista em política italiana, Marc Lazar, “Meloni quer assegurar, primeiramente, a sua popularidade interna e fazer frente a Liga de Mateo Salvini”. Em entrevista à RFI, o professor explica que, caso seja eleita, Meloni não tomará posse no Parlamento Europeu, mas “mas terá mais peso político para influenciar as discussões da política europeia”. De acordo com Lazar, Meloni “quer se afirmar como uma grande líder populista”.
Durante a campanha para as eleições de 2022, Girogia Meloni criticou a União Europeia, atacou o que chamou de “lobby LGBT” e o que descreveu como retórica politicamente correta da esquerda.
(Com AFP)