O secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, convocou uma conferência para tratar da ajuda humanitária ao Afeganistão, no próximo dia 13, em Genebra, informou seu porta-voz, Stéphane Dujarric, em comunicado.
A nota diz que Organização das Nações Unidas (ONU) defenderá “um rápido aumento do financiamento, para que as operações humanitárias que salvam vidas possam continuar”. A preocupação maior é com as 18 milhões de pessoas no Afeganistão que enfrentam um desastre humanitário e calcula que outros 18 milhões podem rapidamente se juntar a elas.
“Um em cada três afegãos não sabe qual será sua próxima refeição. Quase metade de todas as crianças com menos de 5 anos sofrerá de desnutrição aguda nos próximos 12 meses”, disse o porta-voz.
Quase três semanas depois do regresso ao poder dos talibãs, com a saída das tropas americanas depois de duas décadas de ocupação. O Afeganistão ainda não fez o anúncio oficial da formação do seu no novo governo, embora haja promessas que os grupo faria concessões às demandas da comunidade internacional, incluindo o respeito aos direitos das mulheres.
Desde o anúncio da retirada das forças internacionais mais de 100.000 estrangeiros e afegãos conseguiram sair do país pelo aeroporto de Cabul. Estima-se que outras centenas de milhares saíram pelas fronteiras ou estão tentando atravessar.
Em 2 de setembro a ONU anunciou que retomou voos humanitários para algumas partes do país, com a rota a partir da capital do Paquistão, Islamabad, para Mazar-i-Sharif, no norte do Afeganistão, e Kandahar, no sul.
Ao mesmo tempo, a companhia aérea afegã, Afghan Airlines, retomou os voos domésticos nesta sexta-feira (3), enquanto os Emirados Árabes Unidos enviaram um avião com ajuda médica e alimentar.
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