Omã é o estado independente mais antigo do mundo árabe, que em 18 de novembro de 1650 libertou-se do controle de Portugal. O país possui fortes laços diplomáticos com o Brasil, tendo assinado muitos memorando de entendimento e cooperação.
Em entrevista exclusiva, o embaixador de Omã no Brasil, Talal bin Suleiman bin Habib Al-Rahbi, explica como está a relação bilateral, aborda a importância da Data Nacional e explica como o projeto Visão de Omã 2040 define as prioridades do país e pode ser um exemplo para outras nações.
Confira na íntegra:
Diplomacia Business: Como o senhor vê as relações entre o Sultanato de Omã e o Brasil?
Talal bin Suleiman bin Habib Al-Rahbi: As relações diplomáticas entre o Sultanato de Omã e a República Federativa do Brasil foram estabelecidas em 1974. Desde então, diversos memorandos de entendimento têm sido assinados, assim como o Memorando de Entendimento entre o Ministério das Relações Exteriores e a Autoridade Pública para Promoção de Investimentos e Desenvolvimento Comercial do Sultanato de Omã para cooperação de promoção em investimentos em 04/02/2016, depois da visita do ministro para comércio e indústria de Omã, Sr. Ali bin Massoud Al-Sunaidy.
Nas últimas décadas, as relações entre os países têm crescido satisfatoriamente, resultando em um nível elevado de trocas comerciais entre as duas nações.
Omã e Brasil trabalham juntos para construir relações fortes, baseadas no diálogo, visando alcançar segurança, estabilidade e paz para ambos os países, e para fortalecer as relações bilaterais a nível político, econômico e também no setor de negócios e investimentos.
No âmbito comercial, como Brasil e Omã estão cooperando em relação à segurança alimentar?
Como se sabe, o Brasil é o primeiro exportador de comida halal no mundo, fato que evidencia por que nosso comércio com o Brasil é tão importante.
Omã e Brasil apresentam uma balança comercial de U$ 2,4 bilhões, e o Brasil é nosso sexto principal parceiro comercial, assim como o Omã é do Brasil.
Em maio deste ano, Omã recebeu uma delegação econômica brasileira de alto nível, liderada por Flavio Augusto Rocha, ministro de Assuntos Estratégicos do Brasil. Está na agenda de Omã firmar mais acordos com o Brasil nos próximos meses?
Certamente, foi uma visita muito significativa. Muitos pontos foram discutidos para ampliar o setor econômico e cooperação de investimentos entre os dois países.
O impacto dessa visita será visível no volume de nossas trocas e investimentos nos dois países futuramente.
O senhor trabalhou na implementação da Visão de Omã 2040. Qual a importância dessa iniciativa e como ela poderá servir de exemplo para outros países?
Tive a honra de ser escolhido por Sua Majestade para participar do comitê que trabalhou para elaborar a Visão de Omã 2040.
A Visão de Omã 2040 define as prioridades nacionais para serem alcançadas por meio de fluxos de trabalho paralelo com foco na promoção da posição de Omã em diversos setores nas próximas duas décadas. A visão destaca também a direções estratégicas, metas e políticas-chave para transformar ambições em planos de ações sustentados por marcos e planejamento, além de um conjunto de indicadores locais e internacionais para medir e avaliar o desempenho de forma eficiente e transparente.
É um guia para todas as instituições omanis no preparo do país para se juntar aos países desenvolvidos do mundo.
O Dia Nacional de Omã é celebrado dia 18 de novembro. Qual a importância desta data?
No ritmo da celebração do Dia Nacional, Omã segue o caminho para construção de um novo país. Esse é um país que respeita suas raízes e constrói seu futuro com a participação de seus cidadãos.
Desde 1970, Omã tem trabalhado pelo bem de seu povo e com nossos vizinhos para construir uma região pacífica que proporciona oportunidades para seus cidadãos.
A visão de Omã 2040 funciona com um mapa que nos oferece as ferramentas para continuarmos a construir nosso país e empoderar o povo a participar da construção de um novo Omã que respeita suas raízes e se empenha em se juntar com outros países na criação de um novo mundo de mais paz, igualdade e oportunidades para todos.
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