O Rio de Janeiro está sediando o II Exercício de assistência e proteção contra armas químicas para países de língua portuguesa (EXBRALP II). A cerimônia de abertura do evento foi realizada na segunda-feira (11), no auditório do Copacabana Mar Hotel. O curso é realizado através de uma cooperação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), do Ministério da Defesa (MD), do Ministério das Relações Exteriores (MRE), do Centro De Defesa Nuclear, Biológica, da Química e Radiológica (CDefNBQR), da Marinha do Brasil, do Exército Brasileiro e da Força Aérea Brasileira. Além do Brasil a capacitação conta com a participação de profissionais de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe.
O EXBRALP II, que vai até sexta-feira (15), é a parte final de um ciclo de treinamento da OPAQ para participantes que concluíram anteriormente os cursos básico e avançado de assistência e proteção. O ciclo compõe a única iniciativa de capacitação para países de língua portuguesa no âmbito da OPAQ. A coordenação dos exercícios fica a cargo do MCTI e a execução operacional será feita pelo Ministério da Defesa, por meio da Marinha do Brasil e do Centro De Defesa Nuclear, Biológica, Química e Radiológica (CDefNBQR), com apoio do Exército Brasileiro e da Força Aérea Brasileira.
Ao longo da semana os alunos do EXBRALP II assistirão a palestras, no complexo Naval na Ilha das Flores no Rio de Janeiro, com informações importantes sobre as formas de atuarem diante de vários de tipos de substâncias tóxicas. Os profissionais ainda participarão de ações práticas contra substâncias químicas perigosas, requisito para a qualificação no curso.
Para o representante da OPAQ é um privilégio participar junto com o Brasil e os países de língua portuguesa do EXBRALP II. Quando todo mundo está fugindo de um incidente químico, indo na direção oposta, os profissionais estão se preparando para combater o perigo. O representante da OPAQ ainda afirmou que é importante que seja colocado em prática todo o treinamento teórico para trabalhar em conjunto com o mundo.
Para o embaixador de Portugal, Luís Faro Ramos, é uma experiência única participar desse momento em que o Brasil proporciona aos países de língua portuguesa esse treinamento e lembrou também que no mês de outubro será a vez do país lusitano realizar o curso de assistência e proteção contra armas químicas.
Preparar profissionais na assistência e proteção contra armas químicas é uma necessidade defendida pela Organização para proibição de Armas Químicas (OPAQ). O órgão, criado em 1997, recebeu o prêmio Nobel da Paz pela contribuição à humanidade em sua mensagem pacífica. O Brasil possui trabalho em conjunto com a OPAQ por meio de cursos sobre prevenção e atendimento a emergências, oferecidos não somente para autoridades brasileiras, como compartilhado também com diversas outras nações.
* Com informações de MCTI.
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