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A 13ª Cúpula dos Brics, grupo de países que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, será realizada nesta quinta-feira (9). O evento ocorrerá em formato virtual, por causa da pandemia de covid-19. A cúpula tem presidência pro tempore da Índia, que definiu como tema “Brics@15: Cooperação IntraBrics para Continuidade, Consolidação e Consenso”.
No programa anunciado pelo governo indiano, o presidente do país, Nerendra Modi, é o primeiro a falar. O tema principal, em alusão aos 15 anos de formação do bloco, será desdobrado em três pilares de cooperação: política e segurança; econômico e financeiro; cultural e de pessoa para pessoa.
Fundado em junho de 2006, o bloco econômico era originalmente formado com quatro países sob o nome ‘BRIC, reunindo Brasil, Rússia, Índia e China). Em abril de 2011, o “S” foi acrescido com a entrada da África do Sul (South Africa, em inglês). Existem países que participam como membros observadores, mas sem direito a voto.
O Novo Banco de Desenvolvimento do BRICS (NBD), fundado em 2014, tem como objetivo de servir como opção de resgate e investimento para os países-membros. O capital inicial do banco foi de 100 bilhões de dólares.
Comércio exterior
O secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Roberto Fendt, participou nesta sexta-feira (3/9) da 11ª Reunião de Ministros de Comércio dos Brics.
O encontro tratou de pautas discutidas ao longo do ano pelo Grupo de Contato sobre Temas Econômicos e Comerciais (CGETI, na sigla em inglês), que, no Brasil, é co-presidido pelos ministérios da Economia e das Relações Exteriores. As autoridades debateram questões como a cooperação no sistema multilateral de comércio; proteção do consumidor no comércio eletrônico; cooperação em propriedade intelectual; cooperação em serviços profissionais; e parceria econômica em comércio e investimentos.
Durante a reunião, o secretário lembrou que este ano de 2021 marca os 15 anos do bloco e os 10 anos de trajetória comercial. “Enquanto o mundo se recupera da pandemia, em meio ao aumento dos esforços de vacinação, estamos reunidos aqui hoje para celebrar os 15 anos dos Brics e discutir a maneira de levar adiante de forma pragmática nossa parceria econômica”, declarou.
Fendt destacou que, nesse período, as exportações do bloco para o mundo cresceram 125%, atingindo um total de US$ 3,5 trilhões. Considerando apenas as exportações intraBrics, houve um aumento de 293%, totalizando US$ 355 bilhões em 2019. “Esses números demonstram não apenas a força desses países, mas também indicam o potencial inexplorado que temos, tanto que, em 2011, nossos líderes deliberaram sobre a necessidade de estabelecer uma rota comercial dos Brics”, pontuou.