O Jardim Botânico de Brasília (JBB) é um museu vivo com trilhas, muito espaço verde, coleções de plantas e flores e jardins temáticos, localizado no Lago Sul – agora conta com mais um espaço aberto à visitação pública: o Jardín CentroAmericano, inaugurado hoje, 5, pela manhã.
A obra marca o início das comemorações no Brasil do bicentenário da independência dos países da América Central. Embaixadores sediados em Brasília, representantes do corpo diplomático e secretários e autoridades do Governo do Distrito Federal e convidados participaram da inauguração, ao ar livre, e com distância social.
“Ao comemorarmos o nosso bicentenário, pensamos na importância de deixar um legado que perdure no tempo e nos lembre a irmandade entre nossas Repúblicas e com o Brasil”, afirmou o embaixador da Costa Rica, Norman Lizano Ortiz. Ele destacou que apesar de os países da América Central terem pequena área, são responsáveis por 12% da biodiversidade mundial. “Se queremos mostrar um elemento representativo de nossos países ao Brasil, não há melhor maneira do que através dos elementos florais”, comentou, destacando as orquídeas, bromélias e ipês, plantados no novo jardim.
O embaixador lembrou que foi em 15 de setembro de 1821 que se assinou na Guatemala a Ata de Independência da América Central. “A partir daí, nossos povos começaram a decidir seus próprios desígnios”. O embaixador da Costa Rica discursou também em nome dos colegas da Nicarágua, Honduras, El Salvador e Guatemala, nações que ficaram independentes há 200 anos.
Participaram do evento o Embaixador de El Salvador, Victor Pizzati, o Embaixador da Costa Rica, Norman Ortiz, o Embaixador de Honduras, Jorge Reyes, a Embaixadora da Nicarágua, Lorena Martinez e o Embaixador da Guatemala, Arturo Romero Duarte Ortiz.
Ipês-rosa
Os cinco embaixadores, o secretário do Meio Ambiente do Governo do Distrito Federal, José Sarney Filho, e a diretora executiva do JBB, Aline De Pieri plantaram ipês rosa no jardim, que tem forma circular e foi construído em frente a uma coleção de eucaliptos. O projeto paisagístico é do engenheiro florestal do JBB, Elton Baia, e a execução dos funcionários do JBB. A obra conta com sistema de irrigação automatizado, tem calçadas de pedras portuguesas e vegetação tropical.
“É importante que venham a esse lugar de lazer e convivência, sobretudo nesse momento ainda de pandemia”, disse José Sarney Filho. Para Aline De Pieri, esse foi um dia especial, uma oportunidade de comemorar o bicentenário de cinco países e trazer para o JBB um pedaço da América Central.
Alameda
O Jardín CentroAmericano fica na via Alameda dos Estados e das Nações, a 500 metros do Centro de Visitantes do JBB. Vizinho está o Jardim Bíblico, construído com recursos da embaixada de Israel, com espécies nativas da região como tâmaras, parreiras, pés de romãs e figueiras. Também perto fica o Jardim da Polônia, com plantas do cerrado, visto que as originais do país não se adaptam à região do Brasil Central.
O Jardim Botânico de Brasília, inaugurado em 1985, tem sete jardins temáticos: o CentroAmericano, o Bíblico, o da Polônia, o Evolutivo, de Cheiros, o Japonês e de Contemplação, além de plantas nativas e exóticas, devidamente identificadas, trilhas e outros espaços verdes. Possui 5 mil hectares, dos quais 526 hectares abertos à visitação pública. Fica aberto diariamente, de terça-feira a domingo, inclusive aos feriados, das 9h às 16h40.
O ingresso custa R$ 5,00. Crianças até 12 anos de idade, portadores de necessidades especiais e pessoas acima de 60 anos não pagam. A entrada é gratuita para pedestres e ciclistas entre 7h30 e 8h30. Localiza-se no Setor de Mansões Dom Bosco, Lago Sul, Brasília – Distrito Federal. Saiba mais em http://www.jardimbotanico.df.gov.br/
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