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Segundo o jornal Valor Econômico, o Itamaraty prepara uma mudança grande nos embaixadores. O chanceler Carlos França deve assinar, nas próximas semanas, a mudança de importantes representações diplomáticas no exterior, que podem chegar a 40 nomes. Conforme a legislação todos os nomes precisam ser confirmados pelo Senado.
Entre os principais nomes está o do embaixador Pedro Miguel Costa e Silva, que deve assumir a missão do Brasil junto à União Europeia, em Bruxelas. Ele é o atual secretário de Américas do Itamaraty, sendo o principal negociador brasileiro do acordo de livre-comércio UE-Mercosul.
Ao assumir o novo posto, ele terá um papel-chave para sua efetiva assinatura e ratificação. Contudo, terá a dura tarefa de convencer autoridades e eurodeputados a aprovar o tratado, que recebe críticas de ONGs e de governos como o da França.
Já Marcos Galvão, que representa junto à União Europeia desde o início da gestão Bolsonaro, deve assumir outro posto considerado estratégico: a embaixada do Brasil em Pequim. Maior destino hoje das exportações brasileiras, com mais de três vezes o valor comprado pelos Estados Unidos, a China tem recebido tratamento dúbio.
Paulo Estivallet, que atualmente é embaixador em Pequim, deverá migrar para uma das principais
representações do Brasil na América do Sulo. Ao mesmo tempo, a secretária de Ásia, Pacífico e Rússia do Itamaraty, Márcia Donner Abreu, irá para Seul, onde ajudará a finalizar o acordo de livre-comércio do Mercosul para com a Coreia do Sul.
Um outra mudança envolve Orlando Leite Ribeiro, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, que será indicado para a embaixada em Madri. Pompeu Andreucci, que hoje representa o país na Espanha, vai seguir para o Equador, assumindo a embaixada de Quito.
A representação brasileira em Pretória, África do Sul, poderá passar para Marcelo Crivella. Aualmente ela tem no comando o embaixador Sergio Danese, mas ele já teve indicação para o Peru enviada ao Senado. Desde junho o nome de Crivella está com o governo sul-africano, que não conceceu o “agrément”. O termo é usado para o consentimento do país anfitrião para que representantes estrangeiros ocupem a chefia de uma embaixada em seu território.
Geralmente não se recusa o nome, mas isso pode ser feito em situações de excepcionalidade. A demora na manifestação do governo da África do Sul é vista como um incômodo por causa de manifestações dos governos de Angola e de Moçambique que teriam apresentado desconforto com a presença de Crivella na região. O motico é a ligação do político, que não tem experiência diplomática, ccom a Igreja Universal
do Reino de Deus, que enfrenta problemas em algumas nações africanas.