Gustavo Petro se tornou, no dia 7 de agosro, o primeiro presidente de esquerda da Colômbia, escolhido por eleitores que esperam que ele possa realizar ambiciosas reformas sociais e econômicas para reduzir a violência e a profunda desigualdade no polarizado país andino.
O presidente do Senado, Roy Barreras, conduziu o juramento diante de cerca de 100.000 pessoas, incluindo o rei da Espanha, Felipe VI, pelo menos nove presidentes latino-americanos e cidadãos colombianos convidados por Petro. O chanceler Carlos França representou o Brasil.
A nova vice-presidente Francia Márquez, ativista ambiental e ex-empregada doméstica, é a primeira afro-colombiana mulher a ocupar o cargo.
Petro, ex-senador de 62 anos, disse que sua prioridade será agir para enfrentar a fome no país com 50 milhões de habitantes, onde quase metade da população vive em algum tipo de pobreza.
Uma reforma fiscal de US$ 5,8 bilhões, que aumentaria os impostos sobre os mais ricos para financiar programas sociais, foi encaminhada ao Congresso pelo novo ministro das Finanças, José Antonio Ocampo.
“Também estou nervoso por virar o presidente”, disse Petro recentemente a estudantes na Universidade Externado de Bogotá, sua alma mater, ao ser questionado sobre os desafios que terá pela frente.
Petro prometeu educação pública universitária gratuita e mudanças no sistema de saúde e construiu uma ampla coalizão no Congresso com partidos de esquerda e de centro para aprovar sua plataforma.
Promessas de reforma previdenciária e suspensão de novos empreendimentos de petróleo causaram nervosismo aos investidores, apesar da escolha por Ocampo, autoridade de longa data, como ministro das Finanças.
O novo presidente, um ex-prefeito de Bogotá, também prometeu retomar negociações de paz com rebeldes do Exército de Libertação Nacional (ELN) e aplicar o acordo de paz de 2016 a ex-membros das guerrilhas da FARC que o rejeitaram.
Seu ministro das Relações Exteriores disse que o governo travará diálogos com gangues e pode dar aos membros sentenças menores em troca de informações sobre tráfico de drogas.
* Com informações de Agência Brasil.
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