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O secretário de Estado do Meio Ambiente, Eduardo Taveira, representou o Governo do Amazonas na agenda de reuniões em Brasília, nessa semana. O titular da pasta de Meio Ambiente no Estado esteve com o novo embaixador da Noruega no Brasil, Odd Magne Ruud, e o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, para abordar temas estratégicos pré-Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática de 2021, a COP26, que acontece em novembro, em Glasgow, Escócia.
Com o embaixador da Noruega, Odd Magne Ruud, o secretário e presidente do comitê diretivo da Força Tarefa de Governadores para o Clima e Florestas (GCFTF), abordou a agenda de desenvolvimento de baixas emissões para a Amazônia.
“A embaixada da Noruega tem um papel importante no financiamento da agenda climática na Amazônia. Por isso, fomos apresentar ao novo embaixador os esforços que o Governo do Estado do Amazonas tem feito em relação às questões relacionadas à redução de emissões. Também apontamos desafios para o financiamento de novos mecanismos de desenvolvimento para nossa região, mais compatíveis com a nossa realidade”, disse Eduardo Taveira.
Na reunião, o secretário compartilhou informações e visões, sobre a participação dos estados do bioma na COP26, os desafios da transição para a bioeconomia, oportunidades do mercado voluntário de carbono de REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal), os principais elementos do Plano de Ação de Manaus e o anúncio da realização da Reunião Anual da Força-Tarefa dos Governadores para o Clima e Florestas (GCF Task Force) em Manaus, em fevereiro de 2022.
Mercado de carbono
Na reunião com o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, o secretário Eduardo Taveira buscou alinhamento e posicionamento sobre temas como o REDD+, o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o reconhecimento de posse pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em terras do sul do Amazonas. O encontro proporcionou ainda um alinhamento dos titulares de Meio Ambiente sobre temas da COP26.
“Com o ministro Joaquim Leite, tratamos da agenda da COP, em especial do posicionamento do Brasil sobre o REDD+. O REDD+ é um mecanismo extremamente importante que pode alavancar a comercialização de créditos de carbono e é importante que a gente tenha um alinhamento com o Governo Federal para a defesa dessa estratégia, para que a Amazônia seja beneficiada”, disse o secretário.
No dia 6 de outubro, o Amazonas recebeu a confirmação de que está apto a participar da coalizão para receber apoio financeiro pela redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE).
O Estado teve sua proposta selecionada com base em sua capacidade para atender aos requisitos do ART-TREES – programa autônomo e independente que desenvolve e administra procedimentos padronizados para creditar reduções e remoções de emissões de grandes programas nacionais ou subnacionais de REDD +. O ART-TREES pode garantir a captação de até 10 dólares por tonelada de carbono que deixa de ser emitida.
De acordo com Eduardo Taveira, o maior desafio do Amazonas é conciliar a pauta ambiental com a redução da pobreza. “Esse alinhamento é fundamental para que a Amazônia seja a principal beneficiada com a conservação da floresta por meio de mecanismos como o REDD+”, afirmou.
Essa é uma das principais preocupações do governador Wilson Lima para a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema). “Nosso desafio é encontrar esses caminhos para conservação ambiental que sejam também mecanismos de redução de pobreza. É isso que a gente tem feito e é o encaminhamento que a gente tem das agendas que foram feitas agora em Brasília”, acrescentou.
* Com informações do Governo do Amazonas.