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As missões jesuítas da chiquitania, representam a tentativa dos jesuítas dos séculos XVII e XVIII em converter os indígenas sul-americanos ao Cristianismo.
Localizadas em santa Cruz, no oriente boliviano, são as únicas na América do sul que conservaram suas igrejas barrocas em perfeito estado, cuja arquitetura combina elementos locais com europeus.
Com o processo de restauração das igrejas jesuítas, em 1970, partituras de música barroca e instrumentos musicais originais, como violões, arpas, flautas, oboés e violoncelos, escondidos por séculos, foram descobertos.
A Embaixada do Estado Plurinacional da Bolívia Brasil realizou na noite de terça-feira (7) a inauguração da exposição fotográfica: “Missões Jesuíticas na Bolívia” no Foyer do espelho d’água da Câmara Legislativa em Brasília.
Na exposição, as 26 fotografías pertencem a jornalista e fotógrafa Cláudia Godoy que em abril de 2018 esteve na Bolívia para registrar momentos musicais bolivianos e estrangeiros, princialmentw na igreja de Chiquitania.
Na ocasião, o encarregado de negócios boliviano, Horácio Villegas, explicou em seu breve discurso que “as missões Jesuíticas da Chiquitania são uma das regiões mais musicais do mundo, onde a música ainda se mantêm tão viva quanto no século XVIII”.
Falou também que “além da música, nos encontramos com uma arquitetura única, já que as construções tem um estilo barroco mestiço, onde madeira, colunas talhadas, púlpitos e altares folhados a ouro se unem para nos oferecer um espetáculo”.
“Apesar do trabalhos das missões Jesuíticas na Argentina, Paraguai e Brasil terem desaparecido, na Bolívia, a comunidade conseguiu manter e preservar a infraestrutura como era em sua fundação, posteriormente declarada patrimônio cultural da humanidade pela Unesco em 1990”, completou Villegas.
Finalizou seu discurso destacando que quando os jesuítas foram expulsos pelo Reino Espanhol, as vilas de chiquitania também preservaram “todas as tradições e costumes antigos”.