O espírito olímpico, que representa um espírito de solidariedade, é urgentemente necessário para que a comunidade internacional aborde a pandemia de COVID-19 e as tensões geopolíticas, disse o secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres.
As Olimpíadas e Paraolimpíadas enviam uma mensagem fantástica de “paz e respeito mútuo entre pessoas de todas as culturas, todas as civilizações e todas as etnias”, disse Guterres, dias antes de sua viagem à China para participar da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de Beijing, dia 4 de fevereiro.
É necessário iluminar o espírito olímpico, o que também significa compreensão mútua, tolerância, respeito e diálogo, disse Guterres, acrescentando que o espírito “está muito alinhado com os valores da ONU”.
O espírito é “absolutamente essencial” para fazer frente à xenofobia e ao racismo, que estão crescendo, à supremacia branca, que está se propagando, às tensões geopolíticas, que estão aumentando, e às maneiras inaceitáveis com que migrantes e refugiados estão sendo tratados, disse ele.
A unidade e a solidariedade são especialmente importantes durante a pandemia, disse o chefe da ONU, observando que os países em desenvolvimento precisam de vacinas e ajuda financeira. Ele também pediu que os países desenvolvidos ajudem aqueles mais vulneráveis.
Comentando sobre a Iniciativa de Desenvolvimento Global apresentada pelo presidente chinês Xi Jinping no ano passado, Guterres disse que a experiência da China de tirar centenas de milhões de pessoas da pobreza pode fornecer lições valiosas para outros países em desenvolvimento.
“Espero sinceramente que essa iniciativa proporcione uma oportunidade para acelerar a realização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no mundo e especialmente em outros países em desenvolvimento”, disse ele.
Com a chegada do Ano Novo chinês, Guterres também estendeu seus desejos ao povo chinês pelo Ano do Tigre.
“O tigre denota força, vitalidade, coragem, tenacidade e ousadia. Essas são qualidades que precisamos pois enfrentamos os desafios sem precedentes, como a pandemia de COVID-19 e a crise climática”, disse ele.