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A Embaixadora da República Eslovaca, Katarína Tomková, em conjunto com o Embaixador do Chipre, Vasilios Philippou; a Embaixadora da Eslovênia, Mateja Kračun; o Embaixador da Hungria, Miklós Tamás Halmai; o Embaixador de Malta, John Aquilina; a Embaixadora da Polônia, Bogna Janke e a Embaixadora da República Tcheca, Pavla Havrlíková, receberam, na sexta-feira (19), a imprensa para um café da manhã por ocasião dos 20 anos de ingresso dos Países no Bloco da União Europeia.
A República Tcheca, o Chipre, a Eslováquia, a Eslovênia, a Estônia, a Hungria, a Letônia, a Lituânia, Malta e a Polônia tornaram-se oficialmente Estados-Membros da União Europeia no dia 1 de maio de 2004, ficando assim vinculados aos seus princípios e valores, objetivos e ordem jurídica.

Primeiro a falar, o Embaixador da República de Malta no Brasil, John Aquilina, informou que “desde o início, houveram muitas dificuldades econômicas, onde, de repente, os preços de tudo começaram a subir. Os preços dos terrenos tornaram-se mais caros, a comida ficou mais cara, assim como roupas, automóveis, entre outros”, disse.
“Portanto, o custo de vida do povo, inicialmente era alto, além de que havia bastante preocupação de que talvez a República de Malta pudesse ter tomado a decisão errada, mas com o passar do tempo, tornou-se evidente que os benefícios superam os negativos”, prosseguiu.
Aquilina sublinhou ainda os gastos massivos nas infra-estruturas do país. “As coisas acalmaram e as pessoas habituaram-se a operar a um nível mais elevado dentro da economia”. Dito isso, após 20 anos de adesão, não há dúvidas sobre os enormes benefícios de ter aderido à União Europeia. “A UE conjunta tem sido uma grande vantagem porque nos permitiu desempenhar um papel não apenas como país numa base bilateral, mas como membro de uma organização global grande e importante”, finalizou.

Vasilios Philippou, Embaixador do Chipre no Brasil, reforçou que “alguns fatos históricos sobre a adesão de Chipre à União Europeia embarcaram num acordo de associação em 1972, que promoveu os laços comerciais e econômicos”. Essa estratégia de pré-ação permitiu que os membros da União Europeia envolvidos na monetização da legislação participassem na conferência da Organização, apesar dos desafios, as negociações de adesão começaram em 1998, e outros países foram admitidos.
Segundo o diplomata cipriano, “o cenário político complexo do Chipre é partilhado pela sua história de divisão decorrente do domínio turco de 1974,”. A visão da UE é de um Bloco reunificado livre que promove a existência pacífica e a prosperidade para todos os cidadãos, servindo como um farol de estabilidade, paz e segurança.

Por sua vez, a Embaixadora da Eslovênia no Brasil, Mateja Kracun, dsse que a ocasião é muito especial para todos. Desde o primeiro dia pós independência eslava, estava claro para os eslovenos que queriam fazer parte da União Europeia. “Já estávamos preparando os processos para aderir aà União Europeia. Queríamos ser parte da democracia, dos direitos humanos; que são assuntos que, antes da independência, enfrentavam desafios gigantescos”.
“Para nós é importante ter uma voz, como todos os países. Cada país tem uma voz. Caso um país diga “não”, a decisão não está aprovada. E a nossa economia nos últimos 20 anos cresceu, assim como as oportunidades”, disse. Para a diplomata é valioso o fato de um membro da União Europeia ter livre acesso aos outros países membros, escolhendo a melhor forma de prosseguir com sua vida.

Miklós Halmai, Embaixador da Hungria no Brasil frisou que os novos membros da União Europeia que são um pouco mais desconhecidos nas outras partes do mundo, porém, são grandes países com ricas histórias e hoje em dia “tornamos-nos mais e mais importantes dentro da União Europeia, tanto no âmbito geopolítico, quanto no econômico”.
Segundo ele, desde 2004, a União Europeia mudou-se num grau extremamente grande, e os novos membros da Europa Central, tornaram-se cada vez mais importantes. “A primeira década foi dura, porém, a Hungria e o povo húngaro fizeram grandes sacrifícios para atingir os critérios para fazer parte da UE”. Halmai aproveitou também a oportunidade para lembrar que a Hungria vai assumir a presidência do Conselho no segundo semestre deste ano.

Representando a Embaixadora da República Tcheca, Pavla Havrlíková, o Chefe de Missão Adjunto da Embaixada em Brasília, Pavel Sara, falou um pouco de história da Tchecoslováquia e da República Tcheca, “é muito bom fazer parte do sonho democrático de ser parte de uma comunidade com valores, com princípios democráticos, foi um desafio e uma oportunidade”.
Sublinhou ainda que os benefícios da adesão para a República Tcheca não foram apenas econômicos, falando também sobre as oportunidades no âmbito educacional, dando ênfase para o Programa Erasmus, um programa da UE de apoio à educação, à formação, à juventude e ao desporto na Europa.

Representando a Polônia, o III Secretário para Assuntos Políticos e Econômicos da Embaixada polonesa em Brasília, Przemyslaw Krzemien, informou que “nosso caminho começou em 1989, quando nos libertamos democraticamente, abolindo o regime comunista, e depois tivemos um acordo de associação com a comunidade europeia. Após isso, aderimos à OTAN,e fizemos um referendo, no qual 77% dos poloneses votaram a favor de entrar na União Europeia”.
No que diz respeito aos benefícios para a Polônia na adesão ao Bloco, destacou o crescimento econômico que seu país teve ao longo desses 20 anos, e sobre os programas de intercâmbio acadêmico, e a existência dos acordos da Polônia com o Bloco, “eu posso ir para onde eu quiser, dentro da UE, sem nenhum problema. Isso é muito vantajoso para todos nós”, concluiu.

Última a falar, a Embaixadora da Eslováquia no Brasil e anfitriã da solenidade, Katarína Tomková, em breves palavras disse que a Eslováquia, depois do comunismo e antes de aderir à UE, teve um período de desenvolvimento político conturbado. “O referendo foi importante pois resultou na direção democrática e no desenvolvimento da Europa”.
Afirmou ainda que após seu país ter aderido ao Bloco, o PIB eslovaco aumentou em mais de 15%. Além disso, ser um Estado-Membro da UE, proporciona um continente em paz; liberdade para os cidadãos viverem, estudarem ou trabalharem em qualquer parte da UE, com o maior mercado único do mundo, fora toda a assistência e ajuda ao desenvolvimento para milhões de pessoas em todo o mundo.