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As embaixadas da Suécia, Dinamarca, Finlândia e Noruega, através do projeto Diálogos Nórdicos realizaram na tarde desta segunda-feira (13) um encontro com a imprensa sob o tema: “Transparência: como a mídia pode ser parceira da Democracia – os exemplos nórdicos”.
A ocasião aconteceu na Residência Oficial da Embaixada da Suécia no Brasil e os representantes de mídia presentes tiveram a oportunidade de entrevistar os embaixadores nórdicos sobre o assunto e colocar as perspectivas nórdicas e brasileira sobre o tema lado a lado.
Karin Wallensteen, Embaixadora da Suécia no Brasil, salientou que “o jornalismo livre e independente é um dos pilares da democracia”. Segundo Wallensteen, é comum, a nível mundial, que, em caso de ataques, os jornalistas sejam os primeiros alvos.
“De acordo com o relatório dos Repórteres sem Fronteiras, a liberdade de imprensa é desrespeitada em 7 de cada 10 países. São lugares onde os jornalistas e as pessoas tem um recurso de informação limitado, e onde o jornalismo investigativo é praticamente impossível de existir”, completou Wallesnteen
A diplomata disse que o jornalismo é a ferramenta que uma sociedade democrática tem para avaliar a competência de instituições públicas e privadas, além de “retratar inúmeras ineficiências do sistema”. Reforçou explicando lque os quatro países nórdicos contornam um pouco dos índices de transparência e segurança para jornalistas
Informou também que a digitalização facilita e intensifica os ataques para com os jornalistas, contando que a Suécia, alem dos outros países nórdicos, possui a lei de liberdade de comunicação, onde todos tem o direito de compartilhar informações para serem publicados, e funcionários públicos e do governo são protegidos pela lei quando “entregam informações confidenciais para a imprensa para denunciar irregularidades”.
Por sua vez, Johanna Karanko, embaixadora da Finlândia no Brasil, durante o evento utilizou o atual conflito entre a Rússia e a Ucrânia como exemplo de “disseminação de informações falsas” por conta da candidatura da Finlândia e Suécia na OTAN.
Karanko informou que em sua terra natal, os profissionais da impressão são levados a sério e valorizados. “Nossas crianças começam a aprender sobre habilidades da mídia ainda na educação básica”. Disse ainda que nos países nórdicos existe uma grande cobrança e rigidez no que diz respeito à informações verídicas, e essa atitude é fundamentada na “confiança entre os conpatriotas”.
A embaixadora da Dinamarca no Brasil, Eva Pedersen, falou que a liberdade de imprensa é essencial para o crescimento e desenvolvimento de uma nação, uma vez que “é por meio das ferramentas da mídia que os cidadãos de um país adquirem conhecimento sobre informações de importância nacional”.
Já o embaixador da Noruega, Odd Mange Rudd, enfatizou em seu discurso que “a confiança é um elemento fundamental para o funcionamento das sociedades nórdicas”.
Rudd aproveitou a oportunidade para reforçar também sobre a nova lei que entrou em vigor no ano passado na Noruega. “A lei visa garantir que o público geral tenham acesso as informações”, completou.
Os quatro países nórdicos asseguram que dirigir ataques contra jornalistas e outros profissionais de mídia e imprensa é proibido pelo direito humanitário internacional, e cabe ao Conselho de Segurança do país encaminhar eventuais casos ao Tribunal Penal Internacional.
Créditos das fotos:
Embaixada da Dinamarca/Divulgação