Nesta terça-feira (26), a embaixada do Paquistão no Brasil promoveu um almoço com a imprensa no restaurante Rubayat, em Brasília. Estiveram presentes vários profissionais da comunicação de Brasília, incluindo a CEO do Diplomacia Business, Elna Souza e os repórteres Luiz Fara Monteiro e Roberto Cabrini, TV Record.
Na ocaisão foram tratadas várias questões, com destaque para a visão do embaixador Ahmad Hussain Dayo sobre as relações bilaterais com o Brasil, os acontecimentos recentes no Afeganistão -país vizinho ao seu e que vive crise humanitária -além da situação da região dos territórios de Jammu e Caxemira, que o Paquistão disputa com a Índia.
Desde 1947 que Índia e Paquistão contendem sobre esses territórios. Os paquistaneses lembram anualmente, em 27 de outubro, o “Dia Negro da Caxemira” que segundo eles marcam a ocupação ilegal de Jammu e Caxemira pelas forças indianas poucas semanas após a partição dos dois países.
Relações bilaterais
O embaixador Dayo estão no Brasil desde setembro de 2020. Conforme o Ministério das Relações Exteriores, entre os temas de interesses comum aos dois países está a recuperação econômica e o comércio de produtos agrícolas e de defesa.
No ano passado, as exportações brasileiras para o Paquistão ultrapassaram os U$ 970 milhões, um aumento de mais de 90% em relação a 2019. Os principais produtos exportados para o país asiático são a soja e o algodão, com destaques também para gorduras e óleos vegetais; papel e cartão, além de resíduos e sucatas de metais ferrosos.
A pauta exportadora paquistanesa para o Brasil tem uma forte concentração em produtos manufaturados, de maior valor agregado. As importações feitas pelo Brasil são principalmente de artigos confeccionados de materiais têxteis, instrumentos e aparelhos medicinais, carrinhos de bebês, brinquedos, jogos, vestuário de tecidos têxteis e tecidos de algodão.
O Paquistão tem população de 200 milhões de habitante e está aberto para investidores estrangeiros, oferecendo incentivos para a abertura de novos negócios por parte de extrangeiros. Recentemente, o primeiro-ministro Imram Khan, instou os embaixadores paquistaneses a atrair investimentos para o país, acelerando a industrialização e gerando mais empregos.
O governo paquestanês planeja transformar-se em um parceiro comercial ainda mais expressivo para o país, conquistando posições nos rankings de exportação e importação brasileiras, onde hoje ocupa, respectivamente, a 37ª e 70ª. posições.
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