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Desde 1860, até 12 de maio de 2024, 25.040 israelenses faleceram como vítimas do terrorismo e lutando em guerras para defender o país. Após a Guerra Espadas de Ferro, 1.302 pais enlutados, 248 viúvas, 520 órfãos, 2.180 irmãos e irmãs desolados e um total de 4.250 pessoas se tornaram famílias desamparadas.
Em homenagem ao Dia da Lembrança de Israel para os Soldados Caídos e Vítimas de Terrorismo (Yom HaZikaron), a Embaixada de Israel no Brasil realizou, na manhã desta quinta-feira (16), uma bela e emocionante cerimônia, na qual foram reproduzidos vídeos e canções que retratam a luta do povo.
Além disso, durante 1 minuto, foi soada a sirene da memória, onde cada indivíduo refletiu sobre seus entes queridos. O evento contou também com discursos do Embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine e do Adido Militar, Semion Gamburg.
O Embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, emocionado, iniciou seu discurso dizendo que neste ano, infelizmente, o Dia da Lembrança tem um significado diferente. “O ataque do dia 7 de outubro de 2023 resultou em um preço muito alto nas vidas de pessoas, civis, soldados, e em todos os campos de nossas vidas”, afirmou.
Zonshine lembrou que desde o dia 7 de outubro, Israel está em guerra. “Estamos nos esforçando para prevenir o Hamas de continuar a liderar e dominar Gaza, e liberar nossos reféns. Ainda temos lá 132 reféns e, apesar de não estarem todos vivos, é uma obrigação de nós como país, como sociedade, liberá-los e trazê-los para casa”.
Ao falar, com orgulho, de seu povo, mencionou que mais de 600 deles perderam a vida durante esta guerra, e muitos lutaram contra milhares de terroristas do Hamas. Outra grande parte lutou arduamente para defender suas vidas, suas famílias e suas casas. “Nós sentimos a falta de pessoas que perderam a vida na última guerra e antes, não só como indivíduos, mas também como uma sociedade, como uma nação. A perda de todos é muito dolorosa”, acrescentou.
Zonshine concluiu afirmando que seu país só almeja a paz. “Queremos paz e faremos o que for preciso para alcançá-la com nossos vizinhos e até mesmo com nossos inimigos”.
Semion Gamburg, que é Brigadeiro na Embaixada Israelense, reforçou que a solenidade é uma “homenagem àqueles que faleceram ao longo dos anos desde o regresso do nosso povo após dois mil anos de exílio, e àqueles que morreram enquanto defendiam as comunidades judaicas na Guerra da Independência e ao longo de setenta e sete anos de luta pela independência do Estado de Israel”.
“Caminhamos pelas estradas traçadas por aqueles que lutaram antes de nós e ao nosso lado, e nunca esqueceremos os nossos colegas, soldados e comandantes que deram suas vidas lutando contra o inimigo com coragem e na esperança de fazer a diferença, dispostos a arriscar suas vidas e assumir o fardo da responsabilidade caminhando na linha tênue entre a santidade da vida e a verdadeira devoção, lutando como se o destino da guerra dependesse exclusivamente de seus atos”, prosseguiu o militar.
Segundo o Adido, a cerimônia é uma oportunidade para lembrar os últimos momentos de todos que honraram com o compromisso de proteger o povo, falecendo em combate, bem como aos soldados que morreram em treinamento, em acidentes, por doença ou sofrimento emocional. “Neste dia, ficamos ao lado dos enlutados, reafirmando nosso vínculo com as famílias na jornada que compartilhamos com os pais, filhos, irmãos e companheiros”, completou.
Perante ao atual conflito com Gaza, o Adido afirmou que Israel continuará apoiando as famílias, cuidando dos feridos e mantendo o compromisso de trabalhar para o retorno seguro dos reféns e pessoas desaparecidas às suas casas. “Em tempos de guerra, o legado dos caídos nos dá a força para fazer tudo o que for necessário para proteger nosso povo, unidos pela nossa força e nosso objetivo em comum. Estamos prontos para enfrentar qualquer desafio que apareça no nosso caminho”, realçou.
Gamburg sublinhou também que o povo não tem outra escolha, senão eliminar aqueles que querem a destruição dos israelenses, pois essa seria a única maneira para que a geração atual possa crescer em paz e segurança. Citou ainda a ex-primeira-ministra Golda Meir, que descreve: “a nossa arma secreta é que não temos outra terra. Não temos para onde ir”.
Conclui dizendo que “a memória dos caídos seja abençoada, enfatizando que a defesa do Estado de Israel é a bússola que nos guia, e a segurança israelense é a nossa missão de vida”.
Sobre o Yom HaZikaron
Yom HaZikaron é o dia da memória nacional em Israel para homenagear todos os soldados e pessoas que perderam a vida durante a luta para defender o Estado de Israel. Neste dia, o povo relembra os soldados caídos e todas as vidas perdidas pelo terror. O Yom HaZikaron, que segue o calendário judaico, começa com uma sirene às 20h. Assim que a sirene é ouvida, os cidadãos param o que estiverem fazendo, onde quer que estejam, e mantêm-se firmes para homenagear aqueles que perderam.
Após a primeira sirene, a Cerimônia Memorial do Estado começa no Muro das Lamentações, na Cidade Velha de Jerusalém. O Primeiro-Ministro, o Ministro da Defesa, o Chefe do Estado-Maior General das FDI e o Presidente participam nesta cerimônia. No dia seguinte, há outra sirene de dois minutos às 11h. Esta sirene marca o início de cerimônias memoriais privadas que acontecem em cemitérios ou escolas.
À noite, a cerimônia final é realizada no Cemitério Nacional Mount Herzl. Esta cerimônia encerra o Yom HaZikaron e marca o início do Dia da Independência de Israel.