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A Embaixada da República Tcheca no Brasil inaugurou, na terça-feira (11), a abertura da exposição “Tragédia de Lidice”, ocasião na qual foi também realizado o ato em memória da tragédia do vilarejo que foi exterminado no dia 10 de junho de 1942 pelos nazistas, em vingança pela morte do então regente do Protetorado da Boêmia e Morávia, Reinhard Heydrich.
A Embaixadora da República Tcheca, Pavla Havrlíková, reforçou que a tragédia de Lidice foi um ato muito trágico que marcou a história de toda a nação Tcheca. “Nesta data, 173 homens foram fuzilados e todas as mulheres da cidade foram enviadas ao campo de concentração em Ravensburg. Além disso, 81 crianças foram mortas em um veículo de gás”.
No total, a tragédia tirou a vida de 340 pessoas. Depois da Segunda Guerra Mundial, nos anos 70, foi inaugurada a primeira edição de um evento em homenagem às vítimas em âmbito nacional, na República Tcheca. “Foi a Exposição Infantil de Artes Plásticas, tendo como objetivo principal as crianças que perderam a vida em Lidice”, disse Havrlíková.
Alguns anos depois, essa exposição, no entanto, tornou-se um evento internacional, e muitos países começaram a participar. “As crianças brasileiras também, por muitos anos, por exemplo, têm participado da exposição, recebendo, inclusive, menções honrosas pela participação”.
Como reforçado pela Embaixadora, somente neste ano de 2024, mais de 13.000 crianças de escolas de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro participaram da solenidade. E em 2023, São Paulo, recebeu a medalha rosa de beleza.
Para Pavla, a execução de atos em homenagem aos que perderam a vida em situações trágicas deve ser lembrado para conscientizar a todos que a guerra e o ódio só trazem dor e que a paz deve sempre prevalecer. “É preciso lembrar para sempre os horrores das guerras, dos quais nem mesmo o mundo atual, o mundo contemporâneo está isento”.