Um vinho brasileiro produzido com os métodos ancestrais da Geórgia. Essa é a proposta da vinícola Lorangi Marani, sediada em Goiás. Trata-se de uma iniciativa que tem o apoio da Embaixada da Geórgia.
Na cerimônia de abertura, em 22 de dezembro, os convidados puderam aprender o método tradicional georgiano de fazer vinho em vasos de barro e conhecer a produção de vinícolas georgianas, disse o Ministério das Relações Exteriores do país. O carro-chefe da Lorangi Marani será o vinho laranja “Lorangi Syrah”, descrito como “naturalmente trabalhado com as leveduras selvagens da uva, fermentado em ânforas exclusivamente encomendadas e ainda, filtrado em seu próprio sólido, por decantação”.
A inauguração da vinícola Lorangi Marani contou com a presença de jornalistas, representantes de agências de viagens, e do presidente da Associação Brasileira de Sommeliers. O evento foi transmitido nas redes sociais da vinícola.
As bandeiras da Geórgia presentes no local reforçam a ideia de ser um centro para homenagear a cultura e as tradições do país considerado “berço” do vinho. Achados arqueológicos atestam que o vinho surgiu há oito mil anos na Eurásia, entre as montanhas do Cáucaso, junto ao Mar Negro, região onde fica a Geórgia e onde foram encontrados fragmentos de ânforas de barro com sementes de uvas e vestígios de ácido tartárico.
Vinificação típica
O país possui mais de 500 variedades de vinho, onde se destacam o tinto Saperavi e o branco Rkatsiteli. Seu método típico de produção consiste em fermentar as uvas em grandes ânforas de barro, os qvevris, enterrados no solo e selados por argila ou cera de abelha
Nessa forma totalmente natural de vinificação, os cachos inteiros são fermentados sem aditivos nem conservantes. O extrato das uvas é deixado para amadurecer por até seis meses, somente então é aberto e pronto para degustação.
O método georgiano de vinificação é um processo único e passou a integrar a lista de Patrimônio Cultural Imaterial da UNESCO em 2013.

* Com informações de Interpress.