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Uma delegação da Guiana Francesa liderada por Marie Antier esteve em reunião na Fundação Amazônia Paraense de Amparo à Pesquisa (Fapespa), na sexta-feira, 8, para discutir a continuidade da cooperação científica entre os dois territórios, com foco em novas iniciativas de conectividade e pesquisa.
No encontro foram abordados temas como o lançamento do cabo submarino lum@link, que possibilita ampliar a conectividade digital do Estado, e outras colaborações estratégicas em tecnologia e ciência, reforçando o papel da Amazônia como produtora de conhecimento e inovação de impacto global.
“Hoje recebemos aqui uma delegação da Guiana Francesa liderada pela Marie Lucienne Rattier para tratar da continuidade do processo de cooperação científica com aquele país. Nós fazemos parte hoje do PCIA Interreg Amazônia para ações conjuntos que estão sendo planejados. Já estamos avaliando quatro dos projetos, mas hoje tratamos especificamente sobre o lançamento de cabos submarino para aumentar a conexão, a velocidade e conexão do Pará todo, lideradas pela Prodepa e nós estamos vendo como isso pode auxiliar as pesquisas são fomentados pela Fapespa”, detalhou o presidente da Fapespa, Marcel Botelho.
O encontro, que parte do processo de cooperação científica entre o Pará e a Guiana Francesa, destacou o projeto de cabo submarino lum@link, uma iniciativa que visa aprimorar a velocidade e a capacidade de conexão de internet no Pará. A instalação do cabo, liderada pela PRODEPA, em parceria com a SPLANG (Société Publique et Locale pour l’Aménagement Numérique en Guyane), está prevista para 2026 e promete impulsionar a conectividade entre o Brasil e a Europa, passando por Caiena, Fortaleza e Sines, em Portugal.
Esse aprimoramento de infraestrutura digital é visto como promissor para as pesquisas apoiadas pela Fapespa, possibilitando novas frentes de colaboração científica e de inovação. Durante a reunião, Marie Lucienne Rattier, a representante eleita para transformação digital e inovação no CTG (governo da Guiana Francesa), presidente da SPLANG (Société Publique et Locale pour l’Aménagement Numérique en Guyane – Empresa pública e local para o desenvolvimento digital na Guiana Francesa) e Presidente da GDI (Guyane Développement Innovation, destacou a importância do encontro.
“Pudemos discutir a cooperação entre o Brasil e a Guiana Francesa no desenvolvimento digital de nossos territórios, que são bastante semelhantes, e também o projeto de grande escala sobre pesquisa e biodiversidade. O objetivo desta reunião é trabalhar nas questões que dizem respeito aos nossos dois territórios e colocar em prática estratégias que nos permitam encontrar possíveis soluções com vistas a COP 30, mas não apenas à COP 30, pois também queremos trabalhar a longo prazo. Gostaria de agradecer mais uma vez ao Sr. Botelho por sua proposta de cooperação”, destacou.
Cooperação – O Pará é parte integrante do programa PCIA Interreg Amazônia, que promove ações conjuntas entre a Guiana Francesa e o estado brasileiro, busca fortalecer a cooperação regional na Amazônia em diversas áreas, como pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico. Além do projeto de conectividade, a reunião abordou o planejamento de novas missões entre as universidades da região para explorar parcerias em pesquisa de ponta, contribuindo para a preservação ambiental e a valorização dos povos amazônicos.
COP 30 – O encontro marcou possíveis colaborações voltadas para a COP 30, conferência climática que acontece em novembro de 2025 no Pará, que pretende mostrar o potencial da Amazônia como um polo de pesquisa ambiental de impacto global.
Durante a reunião, Marie Antier também reforçou a importância da colaboração para a realização de pesquisas de alto impacto. “Estamos programando visitas e explorando novas possibilidades de cooperação científica, sempre com foco em fortalecer o desenvolvimento sustentável da Amazônia”.
O avanço das parcerias entre o Pará e a Guiana Francesa sinaliza um futuro promissor para a inovação científica e tecnológica na Amazônia. Com a instalação do cabo submarino lum@link e novas cooperações em pesquisa, ambos os territórios buscam não apenas desenvolver a infraestrutura digital, mas também fortalecer a conservação e valorização da biodiversidade amazônica, garantindo impacto direto na vida das populações locais.
“Tratamos também de outros assuntos de tecnologia e viagens para exploração de novas possibilidades de pesquisas, parcerias entre as universidades e lógico visando a COP 30. Um espaço para mostrar que na Amazônia se produz pesquisa de alta qualidade de alto impacto que conserva a floresta e garante a qualidade de vida para nossa população. Tem muita coisa boa acontecendo, o Governo do Pará a expande as suas ações de pesquisa e de cooperação para fazer com que a COP 30 seja realmente a COP da floresta e dos povos amazônicos”, avaliou Botelho.
Também participaram da reunião Christian Haridas, representante permanente do CTG no Pará (Governo da Guiana Francesa); Tyffanie Pinheiro Marciel, Coordenadora territorial de conselheiros digitais na Guiana Francesa – suporte em língua portuguesa e o diretor Científico da Fapespa, Deyvison Medrado.
Fonte: Fapespa (Manuela Oliveira).