Comitiva argentina liderada pelo governador de Buenos Aires, Axel Kicillof, e pelo embaixador no Brasil, Daniel Scioli, esteve nesta quarta-feira (3) na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) para reunião com empresários brasileiros. O objetivo foi atrair investimentos privados para a província mais importante do país vizinho, onde fica a capital.
Representantes de 75 empresas de diversos setores produtivos ouviram que o Brasil voltou a ser o principal parceiro comercial da Argentina. O recente aumento nas exportações do país vizinho ao Brasil foi influenciado especialmente pela exportação de energia em meio à crise hídrica brasileira. No acumulado de janeiro a outubro, os argentinos têm déficit de US$ 9,87 bilhões em sua balança comercial com o Brasil, mas no mês passado tiveram pelo segundo mês consecutivo superávit. Em outubro, o saldo positivo foi de US$ 92,4 milhões para os argentinos, que exportaram ao Brasil US$ 1,218 bilhão.
Kicillof foi ministro da Economia durante 2013 e 2015, tendo assumido o governo da província de Buenos Aires no início de 2020. O político tem buscado atrair investimentos para a região de Buenos Aires, que responde por 60% das exportações argentinas, mas que está em desindustrialização há anos.
O embaixador Daniel Scioli tem buscado ativamente a interlocução com empresas no Brasil, no que membros de seu entorno chamam seu estilo de ‘diplomacia executiva’.
Participaram da reunião, de acordo com a embaixada argentina, empresas como a gigante de bebidas Ambev, as companhias aéreas Latam, Gol, e Aerolíneas Argentinas, as automotivas Volkswagen e Marcopolo, além de companhias como Itaú, Gerdau, Arcor, Cargill e Bunge.
Segundo Kicillof, a multinacional fabricante de eletrodomésticos Whirlpool, dona das marcas Brastemp e Consul e cuja operação regional é sediada no Brasil, deve ampliar sua fábrica de máquinas de lavar roupa na Argentina.
“Há projetos em curso para investimentos. Nos colocamos à disposição dos empresários para facilitar os investimentos. Oito empresas pediram reuniões em Buenos Aires para a próxima semana. São empresas que já trabalham nos dois países”, afirmou o governador.
* Com informações de FIESP.
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