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Na China, ter filhos é uma questão familiar e também de Estado. Com seus 1,37 bilhão de habitantes, o país limitou o número de nascimentos de crianças, em 1979, quando cada casal poderia ter no máximo um filho. Quem rompia essa regra, ficava obrigado a pagar pesadas multas. O objetivo foi diminuir a superpopulação e a pobreza. Em 2016, o governo chinês permitiu o nascimento de até dois filhos por casal. Agora, novamente a política muda e cada família poderá ter até três filhos. O anúncio foi feito pelo presidente Xi Jinping, dia 31 de maio.
A questão não é muito simples. A nova medida foi divulgada após os resultados dos últimos censos apontarem grande declínio na taxa de natalidade no país mais populoso do mundo, mas que pode perder esse posto para a Índia. Ou seja, há rápido envelhecimento da população chinesa e muitas implicações nesse fato. É preciso manter mais pessoas no mercado de trabalho e melhorar as pensões e os serviços de saúde.
Alguns pesquisadores chineses calculam que o número de pessoas em idade reprodutiva caia para a metade em 2050. Isso aumentaria a “taxa de dependência”, ou seja, mais pessoas dependeriam de cada trabalhador, aquele que gera receita para pagar as pensões, os impostos de saúde e outros serviços públicos.
Segundo a agência de notícias oficial chinesa Xinhua, a mudança de política será acompanhada por “medidas de apoio, que irão melhorar a estrutura populacional do país”. De acordo com os censos, o número de nascimentos caiu de 18 milhões em 2016 para 12 milhões em 2020. Os casais são desencorajados a ter mais filhos pelo alto custo de vida, pela interferência nos seus empregos e pela necessidade de cuidarem dos pais idosos. Daí uma forcinha das autoridades para tentar melhorar a situação.
As informações são da Agência Brasil (EBC)