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O Brasil vai abrigar em 2025 o VIII Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países e Comunidades de Língua Portuguesa e Galícia. A candidatura foi aprovada por aclamação durante o VII congresso, realizado neste mês em Maputo, Moçambique.
O anúncio simboliza a retomada das políticas de educação ambiental no Brasil, após quatro anos de desmonte. O país levou uma das maiores delegações para Moçambique. Além do governo federal, participaram do encontro representantes de redes de educação ambiental, universidades, organizações não-governamentais e movimentos sociais, entre outros. O congresso reuniu cerca de mil pessoas dos nove países de língua portuguesa.
Sob o tema “Educação Ambiental: a chave para a Sustentabilidade”, houve mesas de diálogos, painéis, oficinas, minicursos, visitas técnicas e atividades culturais.
O congresso teve a participação do presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, que destacou os desafios enfrentados pelo país com efeitos climáticos extremos, ressaltando a importância de ações de educação ambiental.
Representantes do MMA, do Ministério da Educação (MEC) e da Agência Nacional de Águas (ANA) participaram de reuniões bilaterais e multilaterais para tratar de parcerias nas áreas de pós-graduação, pesquisa e unidades de conservação, entre outras.
Em reunião com a ministra da Terra e Ambiente de Moçambique, Ivete Maibaze, os dois trataram da formalização de uma cooperação bilateral nas áreas de educação ambiental, formação e intercâmbio técnico, Unidades de Conservação e outras áreas protegidas, reciclagem, resíduos sólidos e trabalho de catadoras e catadores.
“Foram dias de partilha, aprendizados e apresentação de propostas, iniciativas, pesquisas, compromissos e sugestões vindas de vários trabalhos, de possibilidades de construção de novos valores e bases culturais, com vistas à promoção de sociedades sustentáveis, em sintonia com o contexto cultural, político e social dos países lusófonos”, disse o diretor de Educação Ambiental e Cidadania do MMA, Marcos Sorrentino, destacando a emergência climática atual. “Para além de uma crise ambiental, é uma crise civilizatória.”
Ele foi ao congresso acompanhado da coordenadora-geral de Educação Ambiental e Cidadania, Thais Ferraresi Pereira. Os representantes do MMA, do MEC e da ANA foram recebidos pelo embaixador do Brasil em Moçambique, Ademar Seabra da Cruz Junior.