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O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) realizou na última semana a 1ª Reunião da Comissão Mista Brasil-Áustria de Cooperação Científica e Tecnológica. O encontro, que ocorreu de forma híbrida, buscou efetivar meios para implementar o acordo em cooperação científica e tecnológica entre os dois países, promulgado no Brasil em agosto deste ano. Também visou traçar um programa de trabalho conjunto e fortalecer áreas prioritárias de parceria em energia renovável, aeroespacial e biodiversidade, além de iniciativas como a formatação de uma chamada comum.
“A ministra Luciana Santos associa-se ao presidente Lula para reinserir o Brasil no cenário global, e seus esforços estão sendo traduzidos na dinâmica agenda internacional do MCTI. Estamos retomando parcerias regionais e outras que foram esquecidas”, explicou o chefe da Assessoria Internacional do MCTI, Carlos Matsumoto, ao lembrar que o governo Lula dá atenção singular para a CT&I. “Nesse contexto, esta reunião tem significado especial. É a primeira vez que os governos do Brasil e da Áustria discutem formalmente a ciência e a tecnologia”, completou.
Já o chefe da divisão da cooperação cultural e científica do Ministério para Assuntos Europeus e Internacionais da Áustria, Alexander Wodja, enfatizou a trajetória de 12 anos de negociações até que o acordo de cooperação científica entre Brasil e Áustria fosse firmado, em 2019, em Viena. Diante desse histórico, salientou a importância de dinâmicas para implementá-lo, com inciativas como uma chamada pública conjunta a ser lançada em 2024 entre institutos de pesquisas dos dois lados, abordando as áreas prioritárias. “O objetivo é aumentar a troca de pesquisadores entre os países, com mobilidade financiada”, comentou após a reunião.
Investimento em P&D
Ao longo do encontro, representantes de dois países trocaram experiências e apresentaram o funcionamento de órgãos governamentais. O diretor do departamento de cooperação internacional em pesquisa do Ministério da Educação, Ciência e Pesquisa da Áustria, Heibert Buchbauer, traçou panorama das políticas de CT&I locais e mostrou objetivos estratégicos do país para essa área. Atualmente, a Áustria ocupa a 18ª posição no ranking global de inovação.
“Queremos fortalecer a Áustria como um dos principais locais de pesquisa, tecnologia e inovação, (buscamos) ser um dos cinco principais players globais em investimentos internos em pesquisa e desenvolvimento”, pontuou Heibert. “Em 2023, o país deve investir €15,5 bilhões em pesquisa e desenvolvimento, o que representa um aumento de 8%, se comparado a 2022”, acrescentou.
Além disso, o diretor de Programas de Inovação da Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTI, Osório Coelho, fez uma apresentação das políticas de inovação no Brasil, com foco especial na transição energética. “O Brasil está engajado na agenda da sustentabilidade e quer ser leading player nesse tema. Isso requer colaboração com outros países. Nosso objetivo no MCTI é apoiar pesquisa, a inovação e a tecnologia em desenvolvimento sustentável em várias políticas”, disse.
As informações são do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).