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A Prefeitura de Belo Horizonte, o Governo do Reino Unido e o Fundo de Aceleração para o Desenvolvimento Vela (Fa.vela) formalizaram na semana passada um convênio que prevê investimentos de R$ 1,058 milhão para a promoção de iniciativas e atividades na área de inclusão digital, qualificação para o mercado da tecnologia e empreendedorismo social, a serem realizadas em vilas e favelas de Belo Horizonte.
O termo de cooperação que formaliza o convênio foi assinado dia 16, em visita à Escola Profissionalizante Raimunda da Silva Soares, com as presenças do secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico de Belo Horizonte, Adriano Faria, do presidente da Prodabel, Leandro Garcia, do cônsul do Reino Unido em Belo Horizonte, Lucas Brown, da diretora do UK-Brasil Tech Hub, Andrea Motta, e da diretora-presidente do Fundo de Aceleração para o Desenvolvimento Vela (Fa.vela), Tatiana dos Santos Silva.
“Temos a certeza de que essa união de esforços vai transformar vidas, promover o desenvolvimento e oportunizar muitos e importantes recomeços”, explica Adriano Faria.
Na prática, até o fim de 2022, a organização Fa.vela vai realizar atendimento especializado à rede local economicamente ativa de territórios vulneráveis da cidade, tendo como referência 12 telecentros da Prodabel, em quatro regionais: Barreiro, Oeste, Nordeste e Centro-Sul. A proposta é que cerca de 500 pessoas sejam impactadas positivamente por oficinas de transformação digital, além de Labs de Tecnologias Sociais, que vão estimular suas jornadas empreendedoras e potencializar negócios locais.
Uma realidade que precisa de transformação
De acordo com a pesquisa TIC Domicílios, realizada entre 2019 e 2020 pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), 20 milhões de domicílios não possuem qualquer meio de conexão à internet. Os chamados excluídos digitalmente representam cerca de 28% no Brasil e 25% em Minas Gerais. Outro fato que chama atenção, é que para 85% das pessoas das classes D e E, o celular é o único meio de acesso à internet.
A pesquisa constatou, ainda, que apenas 14% dos domicílios da população mais vulnerável possuem computador, e na classe C, que ganhou mais de 21,4 milhões de pessoas durante a pandemia Covid-19. Além disso, foi evidenciado que apenas 30% das pessoas fazem uso da internet para capacitação ou ensino.
“Estamos criando um modelo muito inovador de cooperação para o desenvolvimento, com a participação internacional, do executivo, do legislativo e também de uma organização da sociedade civil na execução das ações. A economia digital é onde nós temos as melhores oportunidades de trabalho para o futuro e só há desenvolvimento se houver inclusão”, celebra Andrea Motta.
* Com informações de Prefeitura de Belo Horizonte.