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Localizada no coração da Europa Oriental, Belarus guarda uma alma cultural profunda, onde a arte visual, a literatura e a música tradicional se entrelaçam como fios de uma tapeçaria ancestral.”
Nos ateliês e galerias de Belarus, a arte visual expressa memórias, resistência e beleza. Três nomes ecoam nessa tradição criativa: Marc Chagall (1887–1985): Nascido em Vitebsk, é um dos maiores nomes da arte moderna mundial. Suas pinturas mesclam folclore judaico, imaginação e cores intensas.
Yazep Drazdovich (1888–1954): Visionário, criador de obras que misturam etnografia, mitologia e até ficção científica. Pintou mapas cósmicos e lendas bielorrussas.
Rufina Bazlova (atualidade): Artista contemporânea conhecida por bordar eventos políticos usando a estética do bordado tradicional bielorrusso (vyshyvanka).
A literatura bielorrussa reflete a alma de seu povo: resiliente, lírica e ligada à terra. Francysk Skaryna foi pioneiro da impressão e tradutor da Bíblia. Vasil Bykau retratou os dilemas morais da guerra. Svetlana Alexievich, Nobel de Literatura, dá voz ao povo com relatos profundos sobre tragédias como Tchernóbil e a guerra.
A música tradicional de Belarus expressa a alma rural do país, seus ritos e festas. Grupos como Pesnyary unem rock a melodias folclóricas, criando uma sonoridade única. O trio Troitsa revitaliza cantos antigos com instrumentos tradicionais como a duda e o cimbaly. Já o coletivo Nerush resgata canções camponesas com arranjos clássicos, mantendo viva a essência do folclore bielorrusso.
Belarus pulsa entre tradição e reinvenção. Cada artista, escritor ou músico carrega o eco de uma terra que resiste, canta e cria. Que essa jornada cultural continue viva — em cada pincelada, em cada verso, em cada melodia. Feliz Dia da Independência!