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No que deve ser um passo histórico em direção à legitimação do metaverso, a nação insular de Barbados está se preparando para declarar legalmente sua soberana em território. Em breve, com o estabelecimento de uma embaixada do metaverso, que é uma nova forma tecnológica de se relacionar online, com projeções em três dimensões.
O Ministério de Relações Exteriores e Comércio Exterior de Barbados assinou esta semana um acordo com a Decentraland, um dos maiores e mais populares mundos digitais criptográficos, para a criação de uma “embaixada digital”. De acordo com um comunicado de imprensa, o governo também está finalizando acordos com “Somnium Space, SuperWorld e outras plataformas do Metaverso”.
Esses vários projetos ajudam na identificação e compra de terrenos, arquitetando as embaixadas e consulados virtuais, desenvolvendo instalações para fornecer serviços como “vistos eletrônicos”.
Em uma entrevista recente, o embaixador de Barbados nos Emirados Árabes Unidos, Gabriel Abed, disse que o país pretende expandir agressivamente além deste esforço inicial para construir estruturas e estabelecer sua presença em uma variedade de mundos virtuais.
Conexões digitais
Além de liderar os esforços diplomáticos do metaverso do país, o diplomata também está trabalhando para estabelecer a primeira embaixada física de Barbados no Oriente Médio. Abed disse que o governo de Barbados, cujo gabinete aprovou a embaixada do metaverso em agosto, vê a mudança como uma oportunidade única no campo da diplomacia digital
“Esta é uma maneira de Barbados expandir suas missões diplomáticas além das 18 que tem atualmente com mais de 190 países ao redor do mundo. Isso nos permite abrir uma porta, usando a diplomacia da tecnologia, que se estende à diplomacia cultural, com manifestações de arte, música e cultura”, asseverou.
Com o lançamento da embaixada virtual no metaverso, previsto para janeiro, Barbados se tornará o primeiro país do mundo a validar o que é apontado como o futuro das relações digitais. O Ministério das Relações Exteriores, o Ministério da Ciência e Tecnologia e muitos outros órgãos governamentais revisaram os planos “durante vários meses”, disse Abed.
O diplomata de Barbados acredita que a “As embaixadas são o ponto de partida para conseguir um visto de entrada em um país, ou viajar sem visto”. “Agora, você consegue imaginar como seria virtualmente? E aonde esse visto eletrônico pode levar você? ”, questiona.
Seu país também contratou assessoria jurídica, já que a embaixada estabelecerá uma série de precedentes únicos. Até agora, especialistas disseram que a representação diplomática no metaverso obedecerá ao que está estabelecido pelo direito internacional e pela Convenção de Viena.