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Em 2022 o Brasil voltou a ter assento no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) após uma década. A partir desta terça-feira (4), o país assume um mandato de dois anos como membro não permanente. Em junho de 2021, o país recebeu 181 votos a favor, em uma eleição durante a 75ª Assembleia Geral da ONU. O último mandato do Brasil foi em 2010-2011.
O Conselho possui grande poder na estrutura da ONU, tendo como missão tentar impedir e cessar conflitos e evitar que países ameacem uns aos outros. Isso inclui o uso de operações militares internacionais, sanções e eventual criação de missões de paz, para auxiliar territórios afetados por catástrofes ou conflitos.
O colegiado possui 15 assentos, sendo 5 fixos e 10 rotativos. Os membros permanentes são EUA, China, Rússia, Reino Unido e França, que possuem poder de veto. Brasil ocupará uma das vagas rotativas, junto de Albânia, Emirados Árabes Unidos, Gabão e Gana. Há outros cinco temporários, cujos mandatos vão apenas até o fim de 2022: Índia, Irlanda, México, Noruega e Quênia.
O embaixador Ronaldo Costa Filho, chefe da missão do Brasil na ONU em Nova York, disse em entrevista que o objetivo da diplomacia brasileira serão questões relacionadas à América Latina, com foco em Haiti e Colômbia, e se dedicar à frente de trabalho envolvendo conflitos na África.
Há uma intenção declarada do Brasil e de outros países para uma reforma do órgão, que aumentaria o número de assentos fixos. Mas essa é uma reivindicação antiga, que não tem data para ser votada.
A primeira nota oficial emitida pelo Itamaraty este ano afirma que: “No biênio 2022-2023, o Brasil terá como prioridades a prevenção e a solução pacífica de conflitos, a eficiência das missões de paz e das respostas humanitárias às crises internacionais, a consolidação da paz mediante ações voltadas para o desenvolvimento, o respeito aos direitos humanos e a maior participação das mulheres nas ações de promoção da paz e da segurança internacionais. O país buscará também aprimorar a articulação do Conselho com outros órgãos da ONU e com organismos regionais envolvidos na resolução de conflitos”.