Getting your Trinity Audio player ready...
|
A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) lançará na quarta-feira (22) o livro “O ACNUR antes e depois da Operação Acolhida: uma análise à luz da resposta humanitária brasileira”. O evento será realizado às 17h00 no Museu do Amanhã, sendo voltado para convidados e aberto para a cobertura de imprensa.
“Após 40 anos da abertura do primeiro escritório no Brasil, o ACNUR volta ao Rio de Janeiro, para o lançamento do livro que reflete os desafios e resultados nos últimos cinco anos no país”, afirma Jose Egas, Representante do ACNUR que estará presente no evento.
Ao longo dos 40 anos, o número de pessoas deslocadas de forma forçada no mundo aumentou exponencialmente, alcançando mais de 100 milhões atualmente. A região latino-americana confirmou essa tendência global, com instabilidades regionais que promoveram contínuos movimentos de pessoas deslocadas internamente na Colômbia e o movimento de mais de 6 milhões de pessoas venezuelanas que abandonaram suas casas, a grande maioria em busca de proteção nos países vizinhos.
“Se até o início de 2017 o ACNUR no Brasil operava com dois escritórios (Brasília e São Paulo), essa realidade se alterou profundamente a partir do aumento do número de pessoas venezuelanas com necessidades de proteção ingressando no país. Atualmente, a operação do ACNUR no Brasil conta com escritórios em seis cidades, conta com mais de 20 organizações parceiras, 35 instituições de ensino superior ligadas à Cátedra Sérgio Vieira de Mello e temos quase 200 funcionários”, afirma Egas.
Além do descritivo da história recente em pouco mais de 100 páginas, inclusive contextualizado a origem da operação do ACNUR no estado de Roraima, onde atualmente atua por meio de dois escritórios (em Boa Vista e Pacaraima), a obra é composta por inúmeras e expressivas fotos e infografias que retratam a realidade das ações do ACNUR por meio do atendimento aos seus beneficiários.
A trajetória do ACNUR no Brasil se soma aos esforços desenvolvido pelas diferentes instâncias de governo (federal, estaduais e municipais), diversos ministérios, agências do sistema ONU, organizações da sociedade civil, academia, empresas privadas e pessoas que contribuíram com a construção das ações de acolhida e integração das pessoas refugiadas e migrantes que buscam no Brasil a garantia de seus direitos e uma chance de recomeçar suas vidas com dignidade.
No ato do lançamento do livro, o ACNUR firmará um Memorando de Entendimento com o Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG), que atua na gestão privada de projetos de interesse público e o desenvolvimento e implementação de projetos culturais e ambientais, sendo a instituições gestora do Museu do Amanhã (RJ).
Na noite do dia 22 de junho, também como parte das ações que integram o Dia Mundial do Refugiado, as torres do Congresso Nacional em Brasília serão iluminadas em homenagem a esta data, a partir das 18h30. Sobre as torres também serão projetadas fotos de pessoas refugiadas no Brasil e uma mensagem de agradecimento do ACNUR à solidariedade do país e da sua população para com quem foi forçado a deixar sua terra natal e reconstruir suas vidas com dignidade e respeito.