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Por Share America
Há setenta e cinco anos, Eugenie Moore Anderson foi nomeada para representar os interesses diplomáticos dos Estados Unidos na Dinamarca, tornando-se a primeira mulher a servir como embaixadora dos EUA.
Como embaixadora, Eugenie também serviria em delegações dos EUA na Bulgária e nas Nações Unidas, e desenvolveria um estilo pessoal que ela descreveu como “diplomacia do povo”.

“Em uma profissão então dominada por homens, [Eugenie] desafiou as probabilidades com o objetivo de deixar uma marca duradoura nas relações entre os EUA e a Europa após a Segunda Guerra Mundial”, diz a representante dos EUA nas Nações Unidas, embaixadora Linda Thomas-Greenfield.
Interesse em assuntos internacionais
Nascida e criada em Iowa, Eugenie frequentou a Faculdade Carleton em Minnesota, onde conheceu John Anderson, com quem se casou em 1931. Com um interesse crescente em assuntos internacionais, ela viajou para a Europa em 1937 *, em meio à ascensão de Hitler ao poder na Alemanha, e ficou “de repente com muito medo do que estava acontecendo no país e da ameaça que isso representava para [seu] país também”.
Ela voltou para os Estados Unidos e se juntou à Liga das Eleitoras em Minnesota, onde se tornou uma defensora vocal da diplomacia internacional e, posteriormente, da criação das Nações Unidas.
Depois que o presidente Harry Truman nomeou Eugenie embaixadora dos EUA na Dinamarca em outubro de 1949, ela aprendeu dinamarquês para poder viajar pelo país e falar com o povo dinamarquês em sua autointitulada “diplomacia popular”. Ela estabeleceu um programa de intercâmbio Fulbright com a Dinamarca com o intuito de expandir o entendimento e as relações amistosas entre os países.
Em 1960, o presidente John F. Kennedy nomeou Eugenie ministra das Relações Exteriores dos EUA na Bulgária, onde ela cobriu as janelas da missão dos EUA com fotos a fim de mostrar a vida e a cultura dos EUA aos búlgaros que passavam por lá. Em 1965, Eugenie foi nomeada delegada dos EUA no Conselho de Tutela das Nações Unidas e apoiou países recém-independentes na África e na Ásia.
O legado de Eugenie
Desde a época de Eugenie, centenas de mulheres já serviram como embaixadoras dos EUA. Hoje, um terço de todos os embaixadores dos EUA são mulheres. (A parcela de diplomatas de alto escalão de outros países que são mulheres também está aumentando nas últimas décadas.)
As muitas mulheres diplomatas que sucederam Eugenie tem trazido “uma diversidade de ideias, de formulação de soluções e uma maneira diferente de se conectar com o público”, diz a embaixadora dos EUA no Sri Lanka, Julie Chung.
Funcionária do Serviço de Relações Exteriores dos EUA, Julie já serviu em Embaixadas dos EUA na Colômbia, no Iraque e no Vietnã. Ela se reúne regularmente com outras embaixadoras. “Pensamos em maneiras de capacitar jovens diplomatas, jovens empreendedoras e mulheres do Sri Lanka”, diz ela. “Eu amo meu trabalho.”

“Eu não estaria onde estou, ou não seria a pessoa que sou”, diz a embaixadora Linda Thomas-Greenfield, “sem pioneiras como Eugenie Moore Anderson”.
Linda diz que também pensa frequentemente “em líderes como Madeleine Albright, Condoleezza Rice, Hillary Clinton e, acima de tudo, minha mãe — todas as quais me ensinaram a dar um passo à frente, a ser ousada e a sonhar alto”.