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Em novembro de 2021 foi embarcada pela primeira vez uma carga de leite brasileiro para a China. Conforme explica o presidente da Central Cooperativa Gaúcha Ltda. (CCGL), Caio Vianna, o volume foi relativamente pequeno, mas que serviu como amostra para que a importadora asiática apresente o produto do Brasil aos chineses.
Foram embarcados leites em pó integral, desnatado, semidestanado e integral zero lactose. “Foi um pequeno volume, mas os trâmites necessários para conseguir ingressar com o produto na China serviram como expertise para nós”, disse. Contudo, algumas questões ainda precisam ser afinadas, principalmente tarifárias junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), e Ministério de Relações Exteriores. “Hoje o Brasil tem uma taxação de 10% sobre o leite exportado para a China, enquanto a Nova Zelândia, por exemplo, de onde a China importa 50% do leite, tem uma tarifa média de 4%. Precisamos que o Governo Federal trabalhe em um acordo bilateral para que tenhamos tarifas melhores e um produto competitivo com boa rentabilidade para a indústria e produtores”, afirmou.
Na tentativa de resolver essa questão, nesta terça-feira (1), o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (ABRALEITE), Geraldo Borges, participou de uma importante reunião para discutir a exportação de produtos lácteos para a China pela CCGL, do Rio Grande do Sul. Também participaram OCB e Viva Lácteos, representando a cadeia produtiva, o embaixador Orlando Leite Pinheiro (secretário de comércio e relações internacionais do MAPA) e o senador gaúcho Luiz Carlos Reinze.
O pedido das entidades produtoras é por apoio do governo para viabilizar as exportações à China, particularmente relacionadas à burocracia interna de despachos aduaneiros para melhorar a competitividade dos lácteos brasileiros.
O embaixador Orlando Ribeiro comprometeu-se a trabalhar em prol da demanda da cadeia produtiva, destacando que “o leite merece atenção especial do MAPA”. Porém, ele também abordou a dificuldade em redução da alíquota de importação dos produtos brasileiros (10%) para competir em iguais condições com a Nova Zelândia, item destacado pela CCGL, o embaixador gostou da proposta de trabalhar em conjunto com o Mercosul. Ele se comprometeu a avançar nesse tema com Argentina e Uruguai.
* Com informações de ABRALEITE.