A Organização dos Estados Americanos (OEA) encerrou sua conferência anual em Lima, Peru, na sexta-feira (7). Entre os documentos finais do órgão de decisão política da Organização, houve consenso uma resolução que incentiva o governo de Daniel Ortega, a “aceitar ofertas de cooperação regional e internacional” para que a Nicarágua retorne “ao caminho da democracia”.
O texto de Advocacia é assinado por Canadá, Antígua e Barbuda, Chile, Costa Rica e Estados Unidos, e também instou Ortega a libertar todos os opositores presos e parar o assédio judicial e a repressão a jornalistas, ONGs e membros da Igreja Católica.
Além disso, um grupo de nove países pediu a “libertação imediata e incondicional de todos os presos políticos” na Venezuela. O embaixador do Canadá na OEA, Hugh Adsett, explicou que falava em nome dos chefes de delegação de Brasil, Chile, Costa Rica, Equador, Guatemala, Estados Unidos, Paraguai e Uruguai.
“Pedimos a libertação imediata e incondicional de todos os presos políticos, que cesse o assédio, respeite os partidos políticos, a liberdade de expressão, incluindo a de imprensa, e a restauração do pleno respeito pelos direitos e liberdades individuais”, disse o diplomata canadense.
Os países em questão também expressaram sua preocupação com as denúncias de “violações sistemáticas de direitos humanos que continuam ocorrendo na Venezuela e que agravam as crises sociais e econômicas”.
Adsett mencionou um relatório de 2021 da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) que “conclui que a erosão do Estado de direito na Venezuela cria um clima de violações sistemáticas dos direitos humanos”.
Uma outra resolução, aprovada por consenso, sobre a situação no Haiti, solicita aos Estados-membros que ofereçam “urgentemente um apoio direto” ao governo haitiano para reforçar a formação de agentes de segurança para lutar contra o tráfico de drogas e “deter a expansão dos grupos armados que aterrorizam a população”.
Também pede aos países que cooperem com o governo do Haiti no fortalecimento do sistema judicial para combater a corrupção e a impunidade e esclarecer vários crimes, entre eles o assassinato do presidente Jovenal Moise.
Com informações das agências.
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