O Prêmio Nobel da Paz de 2022 foi entregue hoje em Oslo, na Noruega, no sábado (10). Para pessoas oriundas dos três principais países protagonistas da guerra na Ucrânia: o ativista bielorrusso Ales Beliatski, preso em seu país; a ONG russa Memorial, dissolvida por ordem da justiça, e o Centro Ucraniano para as Liberdades Civis (CCL) foram destacados por seu empenho em favor dos “direitos humanos, da democracia e da coexistência pacífica” contra as forças autoritárias.
Criado em 2007, o CCL documenta os crimes de guerra cometidos pelas tropas russas na Ucrânia: destruição de prédios de apartamentos, igrejas, escolas e hospitais, bombardeios de corredores de evacuação, deslocamentos forçados de populações, tortura e crimes estão incluídos nos relatórios.
Ales Bialiatski está preso na Bielorrússia, podendo ser condenado de sete a 12 anos de prisão devido à sua oposição ao regime de Loukachenko. Em 2011, quando já se opunha ao regime do seu país, Bialiatski foi acusado de evasão fiscal, tendo permanecido três anos na cadeia. Em 2020, aquando a reeleição contestada de Loukachenko, este ativista foi um dos que mais se manifestou e após uma perseguição feroz do regime, acabou por decidir permanecer na Bielorrússia, onde acabou por ser detido.
A mulher de Ales Bialiatski esteve na Noruega e disse que o marido não está arrependido de ter ficado por “ter sonhos que valem a pena”.
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