O Uruguai é um país com economia parecida com a do Estado de Santa Catarina em alguns aspectos. Destaque para o setor de tecnologia da informação que exportou US$ 937 milhões em produtos desse segmento somente em 2019 . É nesse setor que catarinenses e uruguaios podem firmar cooperação. Essa foi a avaliação do seminário realizado nesta terça-feira (5) pela Federação das Indústrias (FIESC) com a participação tanto do embaixador do Uruguai no Brasil, Guilhermo Valle Galmés, quanto do embaixador do Brasil no Uruguai, Antônio José Ferreira Simões.
Com 3,5 milhões de habitantes, o Uruguai tem um mercado limitado, por isso busca atender outros países na área de tecnologia da informação. Atualmente, seu principal cliente são os Estados Unidos, que fica com cerca de 70% do volume.
Confirme explica o embaixador uruguaio, é possível firmar alianças estratégicas e um acordo de cooperação com esse objetivo está sendo estudado. “Esse é o objetivo mais importante nesse momento de saída dessa crise histórica”, declarou. Ele propôs a assinatura de um acordo com Santa Catarina similar ao que já foi firmado com outros países e estados. “Isso encontra eco imediato no Uruguai”, afirmou, lembrando que o estado brasileiro tem índices de desenvolvimento econômico parecidos com o do país vizinho.
Já o diplomara brasileiro ressalta que a Câmara Uruguaia de Tecnologia da Informação tem interesse em firmar novos acordo com empresas brasileiras para buscar terceiros mercados. “Há interesse em fazer parceria com companhias de tamanho parecido. Nesse caso, Santa Catarina entra de forma interessante”, explica Simões.
Em comum, Santa Catarina e Uruguai têm muitas empresas pequenas e médias no setor, o que seria um facilitador para a assinatura de um acordo.
“Estamos muito próximos e fazemos parte do Mercosul. Santa Catarina tem uma corrente de comércio internacional importante, mas pode, seguramente, incrementar o comércio com o Uruguai”, asseguram Mario Cezar de Aguiar, presidente da FIESC. “Além disso, somos um hub logístico importante para o Brasil, com cinco portos que movimentam 20% dos contêineres do país”, completou.
A presidente da Câmara de Comércio Exterior da FIESC, Maria Teresa Bustamante, avalia que claramente há espaço para um aumento do fluxo de comércio. “E o comércio regional deve ser incentivado porque já estamos favorecidos pelos acordos comerciais tanto no Mercosul quanto no âmbito da Aladi (Associação Latino-Americana de Integração)”, finalizou.
* Com informações de FIESC