A Comissão deve apresentar seu relatório sobre o estado dos progressos realizados pela Ucrânia, Moldávia e Geórgia em 8 de novembro, e decidir se abre ou não negociações de adesão, antes da reunião dos 27 em Bruxelas em meado de dezembro.
Durante esta sexta visita de Ursula von der Leyen à Ucrânia desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022, a líder também pretende abordar o “apoio militar” dos europeus, além do “12° pacote de sanções” da UE contra a Rússia, atualmente em preparação, declarou ela aos jornalistas.
“A mensagem mais importante é reafirmar que estaremos ao lado da Ucrânia enquanto for necessário”, insistiu a presidente, enquanto Kiev está preocupada em ver o apoio ocidental desmoronar devido ao conflito entre Israel e o Hamas.
“É verdade que a atenção do mundo está agora mais focada” no Oriente Médio, ela reconheceu. “Mas já tinha previsto esta viagem [a Kiev] há muito tempo, é o tipo tradicional de viagem antes de apresentar um relatório sobre a ampliação da UE”, continuou.
Gesto altamente simbólico
Em junho de 2022, a UE concedeu o estatuto de candidata à Ucrânia, em um gesto altamente simbólico alguns meses após o início da invasão russa, assim como à Moldávia. Para passar à fase seguinte, a abertura das negociações de adesão, a Comissão definiu sete critérios de referência para Kiev. Estas são condições a cumprir, especialmente em termos de luta contra a corrupção generalizada e de reformas judiciais.
“Estamos otimistas. Fizemos muitas reformas e adotamos as leis necessárias para responder às recomendações” feitas por Bruxelas, garantiu quinta-feira (2) o chefe da diplomacia ucraniana, Dmytro Kouleba. A própria Ursula von der Leyen considerou em setembro que a Ucrânia tinha feito “grandes progressos” nesta direção.
Esta questão deve ser considerada “do ponto de vista da segurança europeia”, apelou Volodymyr Zelensky, por sua vez, aos líderes da reunião dos 27 em uma cúpula no final de outubro.
Ao mesmo tempo, a UE planeja um pacote de ajuda a longo prazo para apoiar a Ucrânia de € 50 bilhões, com € 33 bilhões em empréstimos e € 17 bilhões em subvenções – embora a revisão do orçamento europeu para financiar este pacote provoque fortes divisões entre os Estados-membros.
O bloco dos 27 também está estudando uma nova série de sanções contra Moscou, o que deverá incluir as exportações russas de diamantes, uma vez que o G7 tenha chegado a um acordo sobre um meio de rastrear essas operações.
(Com informações da AFP)