Na manhã desta sexta-feira (24) foi realizada uma coletiva de imprensa conjunta, reunindo o Encarregado de Negócios da Ucrânia, Anatoliy Tkach, o Embaixador da Polônia, Jakub Tadeusz Skiba, a Encarregada de Negócios da União Europeia, Ana Beatriz Martins, e o Vice-Chefe da Embaixada da Suécia, Sten Engdahl.
Na ocasião, abordaram a invasão russa em grande escala ao território ucraniano, que completou um ano hoje.
Anatoliy Tkach lembrou que a Ucrânia “é um país pacífico que sempre foi a favor da solução política e diplomática das controvérsias”. O diplomata lembrou que “o país agressor lançou aproximadamente 5 mil misseis, realizou 3,5 ataques aéreos, mais de 1 mil de ataques com drones. Os ataques estão concentrados contra a população civil. Morrem as pessoas comuns, mulheres e crianças. Mais de 60 mil dos prédios e residências estão destruídos. Foram cometidos mais de 70 mil crimes da guerra e da agressão”.
Ele pediu que a comunidade internacional aumente a pressão sobre Rússia e clamou pelo enviou de mais equipamentos militares e munições para que a Ucrânia possa continuar defendendo seu território.
Por sua vez, o embaixador Jakub Skiba, declarou que o ataque russo “mudou diametralmente a arquitetura de segurança da Europa e afetou o sistema jurídico mundial”. Ressaltou ainda que o povo ucraniano sofreu grande perda material e, acima de tudo, de vidas. Deixou claro que a Polônia foi um dos primeiros países a oferecer ajuda à Ucrânia e continuará “enquanto for necessário”.

Ana Beatriz Martins abordou em sua fala o impacto da invasão na ordem mundial. “É um ataque frontal aos princípios de soberania e do direito internacional. Trata-se de uma violação sem precedentes aos valores e princípios fundamentais”. Lembrou ainda que a ampla maioria dos países-membros da ONU condenaram a invasão em sessão realizada ontem.
O representante sueco, Sten Engdahl, declarou que “as ações da Rússia são uma agressão não apenas a um país soberano, mas à democracia em todo o mundo. Além disso, colocaram a comunidade global em risco, causando insegurança alimentar e energética, com efeitos dramáticos em todos os vulneráveis do mundo”.
