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O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, abriu a Conferência da Diáspora Africana nas Américas, em Salvador, Bahia. Durante sua fala, o ministro ressaltou a importância da reconexão do Brasil com a África, tanto no âmbito institucional quanto cultural e econômico. “Precisamos nos reconectar para reconfigurar as discussões intelectuais e afro-brasileiras, que podem se refazer neste momento”, afirmou.
Entre as abordagens temáticas da conferência estão: pan-africanismo, memória, restituição, reparação e reconstrução. Sobre a temática, Almeida lembrou que o Brasil, como o país com a maior população afrodescendente fora da África e com duas décadas de políticas de promoção da igualdade racial, tem muito a oferecer e aprender na relação com os países africanos.
“Nós temos que discutir direitos humanos a partir também do direito ao desenvolvimento. Esse tema para nós é central”, enfatizou ao mencionar que a conexão entre Brasil e África pode proporcionar não apenas avanços econômicos, mas também novas perspectivas culturais que desafiam o eurocentrismo e promovem uma visão mais inclusiva e diversificada da humanidade.
Além do titular do MDHC, a cerimônia de abertura contou com a presença do ministro das Relações Exteriores do Togo, Robert Dussey; da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco; da ministra da Cultura, Margareth Menezes; da secretária de Promoção da Igualdade Racial da Bahia, Ângela Guimarães; e do reitor da Universidade Federal da Bahia, Paulo Miguez.
Conferência
Conferência busca promover o intercâmbio de ideias e experiências (Foto: Feijão Almeida – GOVBA)
Conferência busca promover o intercâmbio de ideias e experiências (Foto: Feijão Almeida – GOVBA)
Promovida pela União Africana e pelo Governo do Togo, em parceria com o Governo Federal e o Governo do Estado da Bahia, e com o apoio da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e do Instituto Brasil-África, a conferência busca promover o intercâmbio de ideias e experiências, refletindo o compromisso do Brasil com a valorização da herança africana e a luta global por igualdade racial e justiça social.
Até o próximo sábado (31), o evento pretende dialogar sobre o fortalecimento das raízes africanas ao redor do mundo, além de estabelecer maior diálogo entre o Estado e a sociedade civil desses países. A programação foi organizada em torno de quatro eixos temáticos: memória, pan-africanismo, restituição, além de reparação e reconstrução. Participam especialistas, pesquisadores, personalidades culturais e representantes de movimentos sociais, além de setores público e privado. Ao final da conferência, uma carta será publicada com recomendações.
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