A imagem de Simon Kofe, ministro da Justiça, Comunicação e Relações Exteriores de Tuvalu, discursando dentro da água chamou a atenção dos líderes mundiais e cientistas que participam da Conferência das Nações Unidas Sobre Mudanças Climáticas (COP26).
De terno e gravata, o ministro fez seu discurso num púlpito dentro do mar, com água acima do joelho. Ele lembrou que seu país, uma nação insular de 11 mil pessoas, pode desaparecer por causa da elevação do nível dos oceanos, uma consequência do aquecimento global.
Há estudos científicos mostrando que a pequena ilha, localizada em meio ao Oceano Pacífico, será um dos primeiros lugares do mundo a desaparecer nas prósimas duas décadas, caso as taxas de elevação dos oceanos não seja interrompida. Caso nada seja feito, até o final do século cerca de 80 ilhas habitadas devem desaparecer.
Seu vídeo, transmitido durante a primeira semana da COP26 e teve grande repercussão na mídia mundial. O Ministério das Comunicações da ilha explicou nas redes sociais e afirmou que o vídeo tem por objetivo refletir “as situações da realidade enfrentada em Tuvalu devido os impactos das mudanças climáticas e do aumento do nível do mar”.
Outros países também correm risco
Em setembro, o Banco Mundial alertou que 216 milhões de pessoas em seis regiões do mundo podem ser forçadas a se mudarem de seus países até 2050 para fugirem de eventos climáticos adversos. Isso inclui cerca de 50 milhões de pessoas do Leste Asiático e do Pacífico, onde estão ilhas como Tuvalu, Ilhas Salomão, Palau e Fiji.
Da fato, Fiji está realocando 75 comunidades para o interior do seu território para ajudá-los a escapar da elevação do mar.
As ilhas do Pacífico estão entre os menores emissores de gases de efeito estufa do planeta, mas sofrem desproporcionalmente as consequências das mudanças climáticas.