Getting your Trinity Audio player ready...
|
A Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG) recebeu na terça-feira (17/09) uma delegação de embaixadores e cônsules dos países nórdicos que estão cumprindo agenda no Estado. No encontro, que aconteceu na sede da FIEMG, em Belo Horizonte, foram debatidas as relações bilaterais entre Dinamarca, Finlândia e Suécia e Minas Gerais, bem como a possibilidade de ampliação das parcerias entre eles. Atualmente, os países nórdicos estão presentes em Minas na produção de café e também nos setores de energia, farmacêutico e de mineração, sendo o café o principal produto mineiro exportado aos países.
A delegação nórdica era formada pela embaixadora da Dinamarca no Brasil, Eva Bisgaard Pedersen; pela embaixadora da Finlândia, Johanna Karanko; e pelo ministro Conselheiro da Embaixada da Suécia no Brasil, Sten Engdahl; além das consules da Dinamarca, Luciana Rezende, e da Finlândia, Patrícia Coutinho; e da oficial de Cultura e Comunicação da Embaixada da Dinamarca, Jamila Batista Tavares.
A comitiva foi recebida pelo presidente em exercício da FIEMG e presidente do Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas em Geral do Estado de Minas Gerais (SindBebidas), Mário Marques de Morais; pelo 2º diretor financeiro da FIEMG e presidente do Sindicato dos Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Estado de Minas Gerais (Sinaees), Alexandre Magno D’Assunção Freitas; pela chefe de gabinete da presidência da FIEMG, Alba Lima; pela gerente do Centro Internacional de Negócios (CIN) da FIEMG, Rebecca Macedo; e pelo consultor de negócios internacionais do CIN, Alexandre Brito.
Ainda no encontro, os participantes debateram temas caros aos países e também ao estado de Minas como transição energética e sustentabilidade e o presidente em exercício, Mário Marques, o presidente do Sinaees, Alexandre Magno, e a gerente do CIN, Rebecca Macedo, apresentaram alguns dados importantes do Estado nesse tema, como o fato de que Minas tem uma matriz elétrica quase toda limpa e renovável, bem como produz ferro gusa verde, a partir de madeira 100% oriunda de reflorestamento. Também citaram os estudos da FIEMG sobre a importância da construção de novas hidrelétricas para ampliar ainda mais a participação de energias renováveis na matriz elétrica brasileira e sobre a importância da mineração para o desenvolvimento do Estado.
Também foi tratada a possibilidade da participação do presidente da FIEMG, Flávio Roscoe, com uma palestra no pavilhão dos países nórdicos na COP 30, que será realizada no Brasil em 2025, e de uma missão internacional aos países nórdicos com uma eventual participação do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, com quem a delegação se reuniu no dia anterior e que teria manifestado interesse de conhecer os países.
Relações bilaterais – Minas Gerais e países nórdicos
O principal produto exportado pelo estado de Minas Gerais para os países nórdicos é o café. No caso da Finlândia, o produto representou no ano passado mais de 96% das exportações para o país. O valor total exportado foi de US$ 67 milhões. Já as importações totalizaram US$ 73 milhões, sendo que máquinas, tratores e fertilizantes representaram 52% do volume.
No caso da Dinamarca, além do café, os medicamentos também tem uma importante participação na remessa de produtos ao país, especialmente com a produção da dinamarquesa Novo Nordisk, instalada em Montes Claros desde 2007, e unidade reconhecida como a maior fábrica de insulinas do Brasil e América Latina.
O valor total exportado de Minas Gerais para a Dinamarca no ano passado foi de US$ 91 milhões, sendo que os medicamentos embalados e o café representaram mais de 77% das exportações. As importações, por sua vez, totalizam US$ 80 milhões, sendo que hormônios e produtos de reação e catalisadores foram os produtos mais importados (63%).
Já as exportações de Minas Gerais para Suécia somaram US$ 125 milhões, sendo o café o principal produto, representando 93% das exportações. As importações do Estado somaram US$ 82 milhões, com ferramentas e máquinas para celulose destacando- e como os produtos mais importados (31,26%).
Fonte: FIEMG.